Segundo a PF, 152 candidatos teriam tido acesso antecipado às respostas do Exame, e outros 1.076 teriam “colado” as provas uns dos outros
Redação Publicado em 16/07/2012, às 12h21
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitou à Polícia Federal o resultado do inquérito da “Operação Tormenta” (investigação sobre as denúncias de fraudes ocorridas nos Exames de Ordem em 2009), com intuito de abrir processos ético-disciplinares no âmbito das respectivas Seccionais às quais os suspeitos estejam inscritos. As sanções variam de advertência à exclusão dos quadros da OAB.
Os exames fraudados aconteceram em 17 de maio de 2009, 13 de setembro de 2009 e 17 de janeiro de 2010. O indício da fraude surgiu devido ao uso de um software que identifica desvios entre respostas e mostra quais candidatos podem ter sido beneficiados de forma ilícita.
Segundo informações da Polícia Federal, 152 candidatos teriam tido acesso antecipado às respostas do Exame, e outros 1.076 teriam “colado” as provas uns dos outros. De acordo com a PF, os fraudadores que tiveram acesso privilegiado às respostas integram uma organização criminosa já desbaratada na operação policial e respondem a crimes como formação de quadrilha, estelionato qualificado e corrupção ativa e passiva.
Sabrina Machado/SP
Com informações da OAB
O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ou Conselho Federal da OAB é a entidade máxima de representação dos advogados brasileiros e responsável pela regulamentação da advocacia no Brasil.
Já o exame da OAB é uma avaliação que os bacharéis em direito devem ser aprovados para poderem exercer a advocacia no Brasil. O exame é realizado três vezes por ano, em que são aplicadas duas provas em dias diferentes. A primeira avaliação é uma prova objetiva, com oitenta questões de múltipla escolha, e a segunda é uma prova prático-profissional, que contém uma peça profissional e quatro questões discursivas.