As principais dívidas das famílias brasileiras são com cartão de crédito e cheque especial. O número de endividados atingiu a maior taxa anual em seis anos
Pedro Miranda Publicado em 07/11/2022, às 19h15
O número de famílias brasileiras com contas atrasadas voltou a subir em outubro, atingindo a maior taxa anual em seis anos. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias inadimplentes atingiu 30,3% neste mês, alta de 0,3 ponto percentual e de 4,6 p.p. na relação com igual período de 2021.
O percentual de famílias que disseram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) também apresentou uma piora no quadro anual. O índice de endividamento atingiu 79,2% no mês passado, e em outubro de 2021 o índice era de 74,6%. Por outro lado, a relação mensal diminuiu 0,1 ponto.
Segundo José Roberto Tadros, presidente do CNC, essa desaceleração na proporção de pessoas endividadas se deve à melhora gradativa do mercado de trabalho, políticas mais fortes de transferência de renda e em geral é explicada em parte por menores taxas de inflação. No entanto, ele observa que as finanças das famílias ainda estão apertadas, especialmente entre as famílias de baixa renda.
“O nível de endividamento alto e os juros elevados pioram as despesas financeiras associadas às dívidas em andamento, ficando mais difícil quitar todos os compromissos financeiros dentro do mês”, explicou Tadros em nota oficial.
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A pesquisa mostra que a dívida aumenta a cada ano tanto para pessoas de renda média e baixa (até 10 salários mínimos) quanto para pessoas de alta renda (acima de 10 salários mínimos). Entre as modalidades que apresentaram aumento na proporção de endividamento, o CNC destaca a dívida de cartão de crédito e o cheque especial.
Por região, 17 das 27 unidades federativas tiveram aumento no percentual de pessoas endividadas de setembro a outubro, com o Paraná liderando a lista com 95,8% famílias endividadas. Em termos de atraso no pagamento, 12 estados registraram aumento no percentual de consumidores que atrasaram o pagamento, com destaque para a Bahia (43,7%).
*Com informações do g1
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