Os salários no setor de tecnologia superam R$ 20 mil e podem atingir até R$ 51,6 mil. Tanto o modelo PJ quanto o CLT oferecem salários atrativos
Pedro Miranda Publicado em 16/01/2024, às 19h48
A pandemia de Covid-19 impulsionou a procura por profissionais de tecnologia no Brasil e em todo o mundo, resultando em salários atraentes, conforme revelado pelo guia salarial lançado pela recrutadora Robert Half em novembro, com perspectivas para 2024.
Os salários em destaque, superando R$ 20 mil e atingindo até R$ 51,6 mil para diretores de tecnologia experientes, têm suscitado dúvidas entre os profissionais quanto à aplicabilidade desses "supersalários" em contratos com carteira assinada, levantando a questão se são exclusivos para trabalhadores como Pessoa Jurídica (PJ).
Especialistas ouvidos pelo g1 esclarecem que embora os contratos PJ sejam conhecidos por oferecerem salários mais elevados devido à ausência de descontos regulares, esse modelo nem sempre é a opção mais vantajosa, e salários similares podem ser alcançados em empregos com carteira assinada (CLT).
Contratos CLT são aqueles no qual a empresa registra o funcionário em carteira, garantindo benefícios como férias, 13º salário, FGTS, e INSS. Já o contrato PJ é um acordo entre empresas, não assegurando ao trabalhador os direitos da CLT.
O gerente comercial da Randstad Brasil, Joel Nunes Carrel, destacou ao g1 que tanto o modelo PJ quanto o CLT oferecem salários atrativos, dependendo do tamanho da empresa, da complexidade da vaga e se a empresa é uma startup.
Profissionais sêniores, especialmente na área de tecnologia, podem obter salários elevados sob ambos os modelos. A necessidade de constante aprimoramento é ressaltada, indo além do conhecimento técnico, incluindo fluência em inglês e habilidades interpessoais.
A experiência de um engenheiro de dados que já trabalhou nos dois modelos, destaca a flexibilidade do PJ para administrar projetos, mas ressalta a estabilidade do CLT, que oferece um valor fixo mensal.
Especialistas alertam para a importância de avaliar se a remuneração do contrato PJ compensa a falta de benefícios da CLT. A "pejotização" pode ser vantajosa em determinadas faixas salariais, mas é essencial que a empresa trate o trabalhador como PJ, evitando exigências de subordinação.
No cenário atual, empresas tradicionais preferem contratos CLT, enquanto startups tendem a adotar o modelo PJ, especialmente em fases iniciais. A recomendação para profissionais iniciantes na área de tecnologia é começar com um contrato CLT, explorando opções PJ ao atingir níveis mais sêniores.
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