Comércio eletrônico brasileiro durante Black Friday apresentou queda no faturamento e nos pedidos. Setor de eletrônicos, com vendas de celulares, notebooks e televisores foi o mais rentável
Pedro Miranda Publicado em 25/11/2023, às 02h20
Os primeiros indicadores da Black Friday no cenário do comércio eletrônico brasileiro apresentam uma face dividida, com uma queda de 13% no faturamento e 9% nos pedidos até às 19h da sexta-feira, em comparação com o ano anterior, conforme revelado pelo levantamento da NielsenIQ Ebit.
No entanto, enquanto o início da sexta-feira registrou números menos otimistas, a véspera da Black Friday testemunhou um aumento de 6,4% nas vendas, com um pico de 19,8% de crescimento à meia-noite.
O fenômeno de queda durante as primeiras horas da Black Friday é atribuído a fatores como a antecipação das compras na quinta-feira, a persistência das altas taxas de juros e o endividamento das famílias, conforme explicou Marcelo Osanai, executivo responsável pela NielsenIQ Ebit.
Ele observou que consumidores com espaço orçamentário compraram antecipadamente, enquanto outros adotaram uma postura mais cautelosa diante das incertezas econômicas.
Contrariamente a esse padrão, o Mercado Livre anunciou um feito notável, revelando um aumento anual de 80% nas vendas brutas durante a temporada de promoções da Black Friday, marcando um recorde para a plataforma. Estes números, parciais até as 17h de sexta-feira, apontam para um crescimento de 39% em novembro em comparação com o mesmo período em 2022.
Especialmente impressionante foi o setor de eletrônicos, com vendas de celulares, notebooks e televisores com crescimento extraordinários de 140% ano a ano. Fernando Yunes, vice-presidente sênior e líder do Mercado Livre no Brasil, destacou o sucesso da empresa em sustentar recordes de crescimento sem comprometer suas margens, ressaltando o papel significativo ocupado pela empresa no segmento de eletrônicos.
Enquanto alguns segmentos do comércio eletrônico enfrentam desafios iniciais, o desempenho excepcional do Mercado Livre destaca a resiliência e a adaptabilidade das plataformas digitais em meio a um cenário econômico dinâmico.
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