Bolsonaro diz que não assina 'cartinha' e propõe desafio a banqueiros. Saiba qual

Em reunião com banqueiros, realizada nesta segunda-feira (8), na sede da Febraban, Bolsonaro voltou a criticar a carta pela democracia; saiba mais

Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br   Publicado em 08/08/2022, às 19h54

Getty Images/Arquivo - Bolsonaro propõe desafio a banqueiros

Durante uma reunião com banqueiros nesta segunda-feira (8), na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a carta em defesa da democracia, de acordo com informações do Jornal Extra. 

O texto intitulado "Em Defesa da Democracia e da Justiça", foi assinado pela entidade empresarial, na semana passada, diante de um cenário de ataques do próprio presidente ao sistema eleitoral. Um outro documento foi elaborado por várias entidades, além da Faculdade de Direito da USP, reunindo mais de 100 mil assinaturas. 

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Saiba qual o desafio imposto por Bolsonaro a banqueiros 

No encontro, o atual presidente desafiou os banqueiros ao pedir para eles apontarem alguma palavra dele contra a democracia. "Aponte uma palavra minha contra a democracia", disse. Bolsonaro ainda pediu para que os empresários o julguem pelas suas ações. 

"Vocês têm que olhar na minha cara, ver as minhas ações e me julgar por aí. Assinar cartinha, não vou assinar cartinha. Até porque a carta, mais do que política, é um objetivo sério de voltar o país nas mãos daqueles que fizeram malfeitos conosco", disse Bolsonaro em publicação do site em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Veja outras declarações do atual presidente 

Bolsonaro, durante o discurso a empresários, também chegou a questionar os que são a favor do manifesto em prol da democracia. Ele perguntou aos presentes o motivo de não terem se levantado contra a decisão judicial que autorizou a prisão do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) depois dele ter defendido o AI-5 e ameaçar de agressão os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Sobre o assunto, ele disse que "fatos para os democratas que assinaram a carta lembrar(em). Quando prenderam um parlamentar, fizeram o quê? Ninguém fez nada, ninguém falou nada. Os democratas (ficaram) em casa".

Estavam presentes o ministro da Economia, Paulo Guedes, representantes de instituições financeiras, como Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal, Banco XP e SP. Também estavam no evento os ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, das Comunicações, Fábio Faria, além dos ex-ministros Tarcísio de Freitas e Marcos Pontes, candidato e vice ao governo de São Paulo, e o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente.

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