Economia brasileira celebra queda de 3,02% na Dívida Pública em setembro

Tesouro Nacional divulgou nesta quarta-feira (25), que a Dívida Pública caiu em 3,02% em setembro; alto vencimento de títulos impulsionou resultado

Jean Albuquerque   Publicado em 25/10/2023, às 17h45

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A economia brasileira está em celebração após a queda de 3,02% na Dívida Pública Federal (DPF) em setembro, motivada pelo alto vencimento de títulos que levou de volta à marca de R$ 6 trilhões. 

De acordo com os dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (25), a DPF passou de R$ 6,265 trilhões em agosto para R$ 6,028 trilhões no mês passado, o que representa uma queda de 3,02%.

Em abril, essa cifra ultrapassou a barreira de R$ 6 trilhões pela primeira vez. No entanto, com a diminuição observada em setembro, a DPF permanece abaixo das projeções estabelecidas. 

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) apresentado no início do ano, o estoque da DPF deveria encerrar 2023 dentro da faixa de R$ 6,4 trilhões a R$ 6,8 trilhões. A parcela da Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) teve uma redução de 3,22%, caindo de R$ 6,028 trilhões em agosto para R$ 5,834 trilhões em setembro. 

No mês passado, o Tesouro resgatou um montante de títulos superior em R$ 243,53 bilhões ao que emitiu, sobretudo títulos relacionados à Taxa Selic (os juros básicos da economia). Esse resgate líquido foi parcialmente compensado pela incorporação de R$ 49,7 bilhões em juros.

Por meio dessa incorporação de juros, o governo registra mensalmente o acréscimo resultante dos juros que incidem sobre os títulos, agregando esse valor ao estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic a 12,75% ao ano, a incorporação de juros coloca pressão no endividamento do governo.

Em setembro, o Tesouro emitiu R$ 79,682 bilhões em títulos da DPMFi, o volume mais baixo desde fevereiro deste ano. Com o significativo vencimento de títulos em setembro, os resgates totalizaram R$ 323,218 bilhões, o maior montante desde abril de 2021.

No âmbito internacional, a valorização do dólar em setembro aumentou o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve um aumento de 3,71%, subindo de R$ 237,46 bilhões em agosto para R$ 241,78 bilhões em setembro. Esse aumento foi principalmente resultado da valorização de 1,74% da moeda norte-americana no último mês.

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