Eleições 2022: Ciro Gomes propõe modelo chinês para evitar a desindustrialização no Brasil

Candidato do PDT lamenta redução do parque industrial brasileiro e promete mudanças na política

Victor Meira   Publicado em 25/08/2022, às 14h49

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O candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT),  criticou a política industrial de comércio exterior, associando-a ao fechamento de fábricas brasileiras ao longo das últimas décadas. A declaração foi realizada durante uma visita do político na Fundação Abrinq - organização filantrópica da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), em São Paulo, nesta quinta-feira (25).

Ciro entende que é papel do Estado proteger os produtores industriais brasileiros. Em virtude disso, ele propôs adotar um sistema semelhante aos “padrões chineses” para modernizar o parque industrial e o empreendedorismo no país. 

“O Brasil, que já teve 600 fábricas de brinquedos, perdeu 200 [nos últimos anos]”, comentou Ciro, antes de ser informado pelo presidente da Abrinq, Synésio Batista da Costa, de que apenas metade dos brinquedos vendidos no país é produzida no Brasil. Os outros 50% são comprados da China.

“Isto não é incompetência. É porque o projeto de Brasil há muito tempo desertou da tarefa de criar um ambiente de negócios favorável a quem produz e a quem trabalha”, acrescentou Ciro Gomes, prometendo, se eleito, “transformar o atual ambiente de negócios hostil aos empreendedores em um ambiente estimulante”.

“Precisamos interromper a tragédia do Brasil ser o país que mais fechou indústrias ao longo dos últimos 20 anos. E por que? Porque todas as variáveis do ambiente de negócios são hostis. É preciso consertar as condições de empreender tendo os padrões chineses ao menos como referência para nossa busca”, conclui o candidato, ao citar as suas propostas de governo para o setor.

*com informações da Agência Brasil

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