De acordo com o Simesp, a greve dos médicos SP foi motivado devido a falta de profissionais para repor os servidores afastados temporariamente por motivos de saúde
Victor Meira - victor@jcconcursos.com.br Publicado em 19/01/2022, às 09h55
A Justiça de São Paulo determinou que os médicos, que atuam na rede municipal de saúde, não realizassem greve nesta quarta-feira (19). A paralisação foi agendada pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) que reivindica a reposição de pessoal diante do aumento no número de afastamento dos profissionais por causa do avanço da nova variante Ômicron e da gripe.
O vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ SP), desembargador Guilherme Gonçalves Strenger, determinou pena de multa diária de R$ 600 mil em caso de descumprimento da decisão.
“Não obstante a greve seja um direito social que encontra guarida constitucional, o cenário atualmente vivenciado é de extrema excepcionalidade, em que hospitais e leitos se encontram sobrecarregados, com altas taxas de ocupação e enormes filas de pacientes à espera de atendimento, em razão do recrudescimento da pandemia de covid-19 e do surto de síndromes gripais decorrentes do vírus da influenza”, afirma o desembargador em decisão liminar da ação movida pela prefeitura.
Na última quinta-feira (13), os médicos decidiram, em assembleia, promover uma greve para pressionar a prefeitura de São Paulo em solucionar o desfalque das equipes de saúde no município, com contratação de profissionais para as unidades básicas de saúde, garantia de infraestrutura e abastecimento de insumos e medicamentos.
“As nossas demandas com relação não só a contratação, mas a novas estruturas de saúde para dar conta da demanda espontânea também não foram atendidas. Não foi apresentado nenhum plano de contingência ou de reposição dos profissionais afastados. O que a gente observa é a truculência da gestão na reunião com os médicos, a falta de medidas efetivas”, afirmou em nota o presidente do Simesp, Victor Dourado.
De acordo com os dados da Secretaria Municipal de São Paulo (SMS), até o dia 6, 1.585 profissionais da saúde estavam afastados por covid-19 ou síndrome gripal. Após uma semana, no dia 13, o número subiu para 3.193 trabalhadores afastados, um aumento de 50% do número de afastamentos.
O Simesp ainda não se manifestou por nota ou através do nosso contato para comentar sobre a decisão do desembargador.
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