Sem a sinalização de acordo por parte do governo federal, os servidores do Tesouro Nacional decidiram hoje (17) anunciar greve por tempo indeterminado
Jean Albuquerque | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 17/05/2022, às 20h50
Sem um acordo com o governo federal, os servidores do Tesouro Nacional decidiram nesta terça-feira (17) deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (23). Saiba mais detalhes.
As principais reivindicações da categoria são o reajuste salarial e a reestruturação de carreira. A decisão foi tomada em assembleia deliberativa e contou com o apoio de mais de 71% dos participantes.
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De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical), Braúlio Cerqueira, em nota, a greve é deflagrada como um último recurso, principalmente por conta do momento crítico "em que o prazo legal para recomposição salarial em ano eleitoral se esgota e em que persiste a sinalização do governo de reajustes discriminando a carreira de Finanças e Controle, os servidores do Tesouro Nacional aprovaram a intensificação da mobilização".
Cerqueira afirma ainda que a categoria não abrirá mão de "defender a nossa carreira e nossas instituições". Ainda na última semana, 80% dos servidores do Tesouro que ocupam cargos e funções em comissão solicitaram exoneração coletiva, segundo a entidade que representa a categoria de Finanças e Controle.
Até o momento, essa é a terceira categoria que decide por greve por insatisfação diante da promessa do reajuste para repor as perdas da inflação durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e do Banco Central (BC) já estão em greve. Os funcionários da Controladoria-Geral da União (CGU) irão se reunir na próxima sexta-feira (20), às 14h, para decidir sobre a adesão de uma possível greve.
Após o atual presidente ter apenas acenado um reajuste para as áreas de segurança pública -- categoria que é a base de apoio do governo, fez com que os funcionários públicos ficassem descontentes.
Depois da pressão das categorias, Bolsonaro tem discutido um reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público, a partir de 1º de julho. Ainda não foi oficializado o reajuste linear.
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