Guedes nega que governo queira tirar dedução de saúde e educação no Imposto de Renda

Além de negar que irá retirar a dedução de saúde e educação, Guedes também reforçou a situação do salário mínimo

Victor Meira   Publicado em 25/10/2022, às 22h56

Agência Brasil

Nesta terça-feira (25), foi especulado que o ministro da Educação, Paulo Guedes, teria um plano de retirar a dedução de saúde e educação do Imposto de Renda. Contudo, ele desmentiu essa informação durante o evento da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB).

Guedes afirmou que o governo federal não pretende promover nenhuma alteração que irá afetar a classe média e nem os empresários. 

O ministro explica que a ideia até foi estudada durante as discussões da Reforma Tributária, mas que ela já foi descartada. Além disso, o homem de confiança de Jair Bolsonaro citou que o governo estuda formas para corrigir a tabela do Imposto de Renda e aumentar as isenções para as classes mais baixas. 

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Hoje, o jornal O Estado de São Paulo divulgou uma reportagem revelando um documento em que mostra, por escrito, um estudo que defende o fim da dedução de gastos com saúde e educação na declaração do Imposto de Renda. Segundo o Ministério da Educação, a medida economizaria cerca de R$ 30 bilhões. 

Fonte: O Estado de São Paulo

Para o jornalão, Guedes negou que tenha intenção de anunciar pacotes que afetem o empresariado e a classe média. Ele reforça que todas as medidas são debatidas com antecedência e apresentadas para a sociedade. “Não vamos dar susto em ninguém, não tem pacote do Guedes. Tudo o que vamos fazer anunciamos antes”, disse.

Guedes nega alterações na política do salário mínimo

O ministro aproveitou a oportunidade para negar novamente que iria fazer alguma alteração na política do salário mínimo, que afeta quem recebe aposentadorias, beneficiários do BPC e trabalhadores com renda mais baixa.

Foi especulado que o plano de Guedes era apresentar uma proposta que iria desindexar o salário mínimo com o INPC, que está vinculado ao IPCA, a inflação oficial do Brasil. A informação inicial citava que o reajuste seria feito de acordo com as estimativas de inflação e não sobre o índice em si. 

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Logo, a atualização do salário poderia ficar abaixo da inflação. Por exemplo, o IPCA de 2021 foi de 10,06%, enquanto que a meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), era de 5,25%. Assim, o reajuste deveria ser de apenas 5,25%. 

Logo, o salário mínimo deveria ser reajustado de R$ 1.100,00 para R$ 1.157,75, com um aumento de R$ 57,75. Entretanto, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.212,00.

Guedes declarou que trabalhadores, aposentados e pensionistas tiveram a inflação reposta, mesmo durante a pandemia. “Vencida e ultrapassada a pandemia, aumentos de salários e benefícios podem ser inclusive acima da inflação”, declarou o ministro.

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