O governo federal anunciou diversos benefícios sociais para o Rio Grande do Sul, em resposta aos estragos causados por um ciclone extratropical que atingiu o estado
Mylena Lira Publicado em 10/09/2023, às 16h13
O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, liderou uma reunião no Palácio do Planalto no último sábado (9), com ministros e membros do Comitê Permanente de Apoio ao Rio Grande do Sul, composto por dez ministérios. O encontro teve como objetivo coordenar as ações do governo federal em resposta aos estragos causados por um ciclone extratropical que atingiu o estado na madrugada de segunda-feira (4). Serão disponibilizados diversos benefícios sociais para auxiliar a população local.
Na reunião, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, anunciou um importante apoio financeiro às famílias afetadas pelo desastre natural. Será disponibilizado cerca de R$ 56 milhões provenientes de diversos programas sociais da pasta para auxiliar as vítimas.
Dentre esses recursos, cada família de pequeno agricultor afetada receberá um fomento rural não reembolsável de R$ 4,6 mil. Isso significa que esse financiamento público não precisará ser devolvido ao governo federal.
O MDS destacou que também serão comprados alimentos na própria região para repassar cestas básicas. Para o fomento rural de apoio aos pequenos agricultores que perderam suas lavouras, haverá o repasse no valor de R$ 4,6 mil por família.
A preocupação com os pequenos agricultores também motivou o Instituto Cultural Padre Josimo (ICPJ) a lançar uma campanha para a aquisição de sementes que serão doadas aos produtores rurais. Frei Sérgio Görgen, diretor do ICPJ, ressaltou: "A situação é desesperadora e caótica. Perdas inestimáveis e irreparáveis. Perderam plantios, animais, galpões, máquinas, casas."
A campanha "Missão: Sementes de Solidariedade" visa a fornecer algum alívio a essas famílias e a ajudá-las a recuperar parte do que perderam. Diversas organizações, como o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Cáritas Brasileira, Instituto Koinós, Comissão Pastoral da Terra (CPT-RS), Movimento dos Atingidos e Atingidas Por Barragens (MAB) e Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC/Franciscanos), estão participando da mobilização.
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Além disso, o governo federal anunciou o pagamento de R$ 400 por pessoa desabrigada às prefeituras gaúchas, a partir de segunda-feira (11). Essas transferências serão feitas na modalidade fundo a fundo, com o intuito de que os municípios possam fornecer assistência às pessoas afetadas pelas consequências do ciclone extratropical.
O auxílio emergencial será dobrado, chegando a R$ 800, caso a situação de calamidade se prolongue. A estimativa é de que aproximadamente 5 mil pessoas estejam desabrigadas na região.
Até o momento, o Rio Grande do Sul contabiliza 41 mortes e 46 pessoas desaparecidas, com 88 municípios em estado de calamidade pública, afetando 150.341 pessoas. O balanço também registra 3.193 desabrigados e 8.282 desalojados.
Diversas cidades, incluindo Muçum, Roca Sales, Nova Bassano, Estrela, Ibiraiaras, Passo Fundo, Mato Castelhano, Encantado, Lajeado e Arroio do Meio, foram gravemente afetadas.
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Neste domingo (10), uma comitiva liderada pelo presidente Alckmin viajará ao Rio Grande do Sul para visitar as áreas mais atingidas. A comitiva inclui ministros da:
Também estarão presentes representantes de outros ministérios e órgãos federais. Durante a visita, eles se encontrarão com o governador gaúcho, Eduardo Leite, e autoridades locais, discutindo medidas para apoiar a população e as prefeituras impactadas.
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, fará anúncios de valores mais específicos para apoiar a população e as prefeituras gaúchas impactadas, abrangendo diversas políticas públicas, incluindo defesa civil e prevenção.
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