Resultados ficaram disponíveis por 25 minutos na manhã de 30 de janeiro, antes mesmo da homologação oficial. Situação está sob investigação rigorosa
Pedro Miranda Publicado em 02/02/2024, às 20h33
O Ministério da Educação (MEC) confirmou nesta sexta-feira (02) a divulgação equivocada dos resultados provisórios do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em nota oficial. Conforme a pasta, os resultados ficaram disponíveis por 25 minutos na manhã de 30 de janeiro, antes mesmo da homologação oficial. A situação está sob investigação rigorosa.
📲 Junte-se ao canal de notícias do JC Concursos no WhatsApp
"A divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, ocorreu durante 25 minutos da manhã do dia 30 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada", afirmou o MEC em comunicado à imprensa.
O ministério reiterou a segurança do sistema, assegurando que os resultados oficiais não foram alterados. Apesar da confusão, os candidatos não selecionados na chamada regular ainda têm a opção de entrar na lista de espera até 7 de fevereiro, manifestando interesse.
A divulgação incorreta gerou frustração generalizada entre os estudantes em todo o país. Nas redes sociais, relatos de aprovações fictícias inundaram a internet, deixando muitos candidatos com a sensação de terem perdido a tão esperada vaga nas universidades e instituições públicas de ensino superior.
O caso da estudante Cinthia Isabelly, de 18 anos, da rede pública de Natal (RN), ilustra a dimensão do impacto. Sua inscrição inicialmente apareceu como selecionada para Pedagogia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), porém, ao acessar novamente o site do Sisu, o resultado havia desaparecido.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) reagiu rapidamente à situação, criando uma página para receber queixas e mapear casos semelhantes. Em apenas uma hora, a UNE recebeu 50 relatos, conforme a diretora de Universidades, Clara Maria.
Diante desse levantamento, a UNE planeja solicitar esclarecimentos ao MEC e tomar medidas futuras, incluindo possíveis ações judiciais. Clara Maria destacou a desorganização do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do Enem, e ressaltou a gravidade de brincar com os sonhos dos estudantes.
+ Acompanhe as principais informações sobre Sociedade e Brasil no JC Concursos
Sociedade Brasil