O Meta disse que identificou e desativou a rede de desinformação no Facebook antes que ela alcançasse um público amplo. Mais de mil contas falsas foram criadas em prol do governo
Pedro Miranda Publicado em 27/09/2022, às 23h18
Nesta terça-feira (27), o Meta disse que uma vasta rede de desinformação russa usava o Facebook e o Instagram para espalhar propagandas falsas sobre a invasão da Ucrânia. Essa rede também usava centenas de contas de mídia social, sites e notícias falsas.
A empresa de tecnologia dos EUA disse que identificou e desativou a rede antes que ela alcançasse um público amplo. O Facebook destacou que foi a maior e mais sofisticada tentativa da Rússia de espalhar propaganda pró-Moscou desde que a guerra na Ucrânia começou em 24 de fevereiro.
Para enganar as pessoas, a operação envolvia mais de 60 sites que pareciam veículos de notícias legítimos. Esses sites continham links para informações falsas sobre a invasão da Ucrânia, e não notícias reais. Alguns desses sites fingiam ser The Guardian da Grã-Bretanha e Der Spiegel da Alemanha.
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Durante o verão europeu, mais de 1,6 mil contas falsas foram criadas no Facebook em prol do governo russo. Esses perfis fakes compartilharam links para notícias falsas, conteúdo pró-Moscou e vídeos no Instagram, Twitter e Telegram. Isso ocorreu em países como Alemanha, França, Itália, Ucrânia e Inglaterra.
O Meta descobriu que muitas contas falsas do Facebook foram removidas pelos sistemas automatizados do site antes de sua investigação. Isso ocorreu porque as redes de desinformação russas foram notadas por repórteres investigativos na Alemanha quando perceberam essas páginas pela primeira vez, quando ainda tinham milhares de seguidores.
Um dos conteúdos que chamou a atenção dos investigadores foi um vídeo intitulado "Revelada falsa encenação em Bucha!", que culpava a Ucrânia pelo massacre de centenas de pessoas em uma cidade ocupada pelo Exército russo.
"Em algumas ocasiões, o conteúdo foi espalhado por páginas oficiais no Facebook de embaixadas russas na Europa e na Ásia. Acredito que essa é, provavelmente, a maior e mais complexa operação de origem russa que interrompemos desde o início da guerra na Ucrânia", afirma David Agranovich, diretor da Meta para Disrupção de Ameaças.
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