Bolsonaro reconhece a alta nos preços dos alimentos e indica uma sugestão de política pública para resolver o problema
Victor Meira Publicado em 14/09/2022, às 09h28
Apesar do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) dos últimos dois terem apresentado deflação, a pressão inflacionária sobre os preços dos alimentos continua forte. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa apresentou uma variação positiva de 1,30% e 0,24% em julho e agosto, respectivamente.
Diante disso, o candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PL), comentou sobre a realidade nos preços dos alimentos do Brasil na sabatina do Programa do Ratinho, do SBT, na última terça-feira (13).
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Bolsonaro citou que o preço dos alimentos cresceu com força por causa de dois eventos: a pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia.
“Alguns países tiveram desabastecimento. A inflação bateu em cima dos alimentos em todos os países. O Brasil já está decrescendo o preço de todos os produtos da cesta básica, exceto o do leite, que tem subido um pouquinho ainda. A pandemia e a guerra lá foram fizeram subir os preços”, afirma.
De fato, o conflito no leste europeu provocou uma forte inflação dos alimentos no mundo. Haja vista que Rússia e Ucrânia juntas são um dos maiores produtores de trigo, milho, cevada e girassol. Além disso, os dois países já figuram no top-10 da produção de soja.
Os russos são os principais exportadores de fertilizantes para o Brasil. Com o embargo das principais economias contra a Rússia, a venda desses produtos conta com diversos obstáculos. Dessa forma, a produção de alimentos é reduzida, o que aumenta os seus preços.
Para reduzir os preços dos alimentos, o presidente aponta que a solução é investir na agricultura familiar.
“Vai baixar. O que nós estimulamos, e muito no Brasil, ao titularmos terras, aquela pessoa que estava em uma propriedade mas não era dona dela, passou a ter título da propriedade. Já demos 412 mil títulos. Essas pessoas entram na agricultura familiar. Pegam empréstimos, podem fazer a venda direta para os municípios e isso tem crescido muito. Essas pessoas se transformam em cidadãs, não invadem mais a propriedade de ninguém”, explicou no Programa do Ratinho.
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