Com 63 milhões de eleitores, o Sudeste pode decidir as Eleições 2022. O perfil do eleitor mudou com o aumento do número de idosos e mulheres; confira
Pedro Miranda* | redacao@jcconcursos.com.br Publicado em 27/04/2022, às 17h18
Os cidadãos têm até 4 de maio para emitir, transferir ou regularizar o título de eleitor e votar nas Eleições 2022. O perfil do eleitor brasileiro mudou nos últimos anos, com aumento do número de idosos, mulheres e com nível superior.
A Justiça Eleitoral registrou 148,3 milhões de eleitores até março deste ano. Isso é um aumento de quase 30% em 20 anos. Para os jovens de 16 e 17 anos votar ainda é opcional, mas menos eleitores estão se registrando para títulos nessa idade. Atualmente, pouco mais de 1 milhão de jovens de 16 e 17 anos estão registrados na justiça eleitoral, em relação a 1,4 milhão na última eleição. A eleição de 2002 teve 2,2 milhões de eleitores nessa faixa etária.
Este ano, 78,5 milhões de mulheres se registraram para votar, o que representa 52,9% do eleitorado. As mulheres também eram maioria em 2002, mas representavam apenas 50,9% do eleitorado. Os eleitores com 60 anos ou mais representaram 30,2 milhões, ou 20,4% do eleitorado deste ano. Essa é uma porcentagem maior do que nas eleições anteriores, quando chegaram a 18,8%. Há vinte anos, os idosos representavam apenas 13,2%.
Quando é feito o recorte por região, o Sudeste concentra 63,2 milhões de eleitores ou 42,6% do total, o que pode fazer com que a região possa decidir as Eleições 2022. No entanto, foi a região Norte que teve o crescimento mais rápido nos últimos anos, atingindo 11,8 milhões de eleitores ou 8%. Só no estado do Pará, o número de eleitores passou de 3,6 milhões em 2002 para 5,7 milhões este ano. O eleitorado do Amapá quase dobrou, passando de 290 mil em 2002 para 529 mil neste ano.
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Neste ano, 24,8 milhões de eleitores tinham ensino superior completo ou incompleto, ou 16,7% do total. Nas eleições anteriores, eram apenas 20,9 milhões ou 14,2%. A mudança é ainda mais significativa desde a eleição de 2002, quando apenas 5,3% dos eleitores tinham diploma universitário. Em comparação, há atualmente 5,6 milhões de eleitores analfabetos, ou 3,8% do total. Em 2002, o analfabetismo representava 7,2% dos eleitores.
Apenas uma pequena quantidade de 16 milhões de eleitores pertence a partidos políticos, representando 10,8% do total. A adesão é maior do que na eleição de 2002, quando atingiu 9,6 por cento do eleitorado.
*Estagiário sob supervisão do jornalista Jean Albuquerque
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