A taxa de desemprego melhorou em 22 das 27 unidades federativas. Porém, houve queda dos contratos formais e a taxa de informalidade subiu, segundo dados publicados hoje pelo IBGE
Mylena Lira Publicado em 12/08/2022, às 20h16
A taxa de desemprego no segundo trimestre de 2022 ficou em 9,3%, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgada nesta sexta-feira, 12 de agosto de 2022, pelo IBGE. O número de desempregados caiu em 22 das 27 unidades da federação, quando comparado com os três primeiros meses deste ano.
Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%) e no Mato Grosso do Sul (5,2%) apresentam as menores taxas de desocupados. As maiores quedas de desemprego no trimestre foram registradas nos estados de:
De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego atingiu, no trimestre encerrado em junho, o menor nível para o período em sete anos. Porém, a desocupação entre mulheres (11,6%) e entre pessoas pretas (11,3%) e pardas (10,8%) continua acima da média nacional. A taxa entre pessoas brancas ficou em 7,3% e o desemprego atinge 7,5% dos homens.
Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, “antes de o ano acabar nós estamos descendo [a taxa de desemprego] para 8%. Vamos terminar o ano com o menor desemprego que já vimos nesses últimos 10, 15 anos”, declarou durante abertura do congresso da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), no último dia 9, em Brasília.
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O Nordeste é a região que concentra mais pessoas sem ocupação, com 12,7% de taxa de desemprego. A Bahia lidera o ranking dos piores estados nesse quesito, com 15,5%. Pernambuco, com 13,6%, e Sergipe, com 12,7%, aparecem logo em seguida.
O Distrito Federal, Amapá, Ceará, Mato Grosso e Rondônia registraram estabilidade na taxa. Ao todo, são 4,3 milhões de pessoas desempregadas no país, sendo que 42,5% estão procurando trabalho há menos de um ano e 29,5% buscam por dois anos ou mais.
Apesar do índice de desemprego ter melhorado em quase todo o Brasil, os contratos formais caíram em relação ao trimestre anterior: foi de 74,1% para 73,3%. A taxa de informalidade, por sua vez, subiu e ficou em 40% da população ocupada, com 39,3 milhões de pessoas (antes era de 38,2 mi). Os trabalhadores por conta própria são 26,2% dos ocupados.
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O rendimento médio mensal recebido pelos trabalhadores apresentou estabilidade, sendo estimado em R$ 2.652 (no 1º trimestre de 2022 era de R$ 2.625). Porém, homens continuam ganhando mais do que as mulheres: R$ 2.917 contra R$ 2.292. Portanto, trabalhadoras do sexo femino recebem, em média, apenas 78,6% do salários dos homens.
*com informações da Agência Brasil
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