Site divulgou nesta quinta-feira (20) Valor Data que lista as moedas que mais se valorizaram em 2022, o Real brasileiro é uma delas; saiba detalhes
Jean Albuquerque Publicado em 20/10/2022, às 16h08
O termo da recessão e a inflação alta no mundo fizeram com que a maioria das moedas prendessem valor para o dólar em 2022. Numa lista elaborada a partir do Valor Data, do Valor Econômico, apenas quatro moedas conseguiram ganhar da moeda americana, uma delas é o Real.
Segundo o veículo, a partir de dados deste ano até esta quarta-feira (19) entre as 33 principais moedas, o rublo tem a maior valorização (+20,57%). Isso acontece por conta de rígidos controles de capital que foram impostos pela Rússia para enfrentar as sanções econômicas aplicadas por conta da guerra na Ucrânia. Um dos fatores para impulsionar a moeda foram as importações mais baixas e receitas altas que foram adquiridas a partir das exportações de energia.
Em seguida na lista de valorizações aparece o real (+5,69%) por conta da elevada alta de juros no Brasil e a Selic (taxa básica de juros) com a garantia de ser mantida sem alteração nos próximos meses. O valor também aponta que o bloco de parlamentares conservadores no Congresso Nacional também ajudou a valorizar a moeda brasileira.
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Ainda de acordo com a publicação, nesta quinta-feira (20) a moeda japonesa renovou a mínima em 32 anos, o que faz com que possa haver intervenções no mercado de câmbio para que essa queda possa ser contida.
No final de setembro, a libra caiu para um nível mais baixo de todos os tempos devido aos cortes de impostos anunciados pela nova primeira-ministra britânica Liz Truss. O pacote fiscal acabou sendo derrubado pelo novo tesoureiro Jeremy Hunt depois que a medida provocou turbulência no mercado. No entanto, sob forte pressão, Truss renunciou hoje, impulsionando a libra no pregão de hoje.
Em agosto, o euro caiu abaixo do par em relação ao dólar. A possibilidade de uma recessão e uma crise energética desencadeada pela guerra da Rússia com a Ucrânia pesavam sobre a moeda comum europeia.
Outro destaque foi o RMB (-12,18%). Em setembro, a moeda chinesa atingiu seu nível mais baixo em relação ao dólar americano desde 2008. A pressão sobre a moeda chinesa vem de sua política monetária flexível em meio às restrições do COVID-19.
Na parte inferior da cesta de moedas, o mais desvalorizado foi o peso argentino (-32,95%). No caso da Argentina, o país enfrenta desequilíbrio financeiro e uma inflação que pode marcar 100% em 2022. A lira turca (128,35%) é a segunda moeda que mais caiu este ano, a Turquia tem cortado juros e a inflação anual marca 83%.
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