Os feitos extraordinários de uma pessoa são resultados de boas decisões. Embora decidir seja um ato difícil, as suas consequências podem mudar tudo em sua vida
Gabriel Granjeiro, Diretor-Presidente do Gran Cursos Publicado em 17/08/2021, às 11h44
“Toda uma corrente de acontecimentos brota da decisão, fazendo surgir a nosso favor toda sorte de incidentes e encontros, e assistência material que nenhum homem sonharia que viesse em sua direção.” – Johann Goethe (1749-1832), filósofo alemão
O que é a vida senão o conjunto de escolhas que fazemos dia a dia? Feitos extraordinários têm origem em boas decisões. O contrário também ocorre, com uma má decisão facilmente terminando em retrocesso. Bom ou ruim, o fato é que ninguém sabe, no momento da tomada de uma decisão, se ela é das grandes ou não. De qualquer forma, não importa. Toda e qualquer resolução pode mudar absolutamente tudo.
Somos livres para fazer nossas escolhas, para decidir neste ou naquele sentido. Essa liberdade chega a assustar, pois significa que toda a responsabilidade está em nossos ombros. Ora, se fui eu quem fez uma opção, não posso culpar nada nem ninguém pelas consequências dela: nem a economia, nem o sistema político, nem minha herança genética. Foi minha atitude que determinou os atos e fatos que se sucederam. Entende por que o livre-arbítrio é a maior responsabilidade que recebemos de Deus?
Decisões são fruto de nossas emoções, e estas, por sua vez, têm origem em nossos pensamentos. Uma dada escolha surge, portanto, de um estado mental específico e impulsiona numa ou noutra direção. Em outras palavras, não existe neutralidade na tomada de decisões.
Decidimos o tempo todo, até mesmo de forma inconsciente, e sempre com base em nossos valores e princípios. Estamos decidindo até quando decidimos não decidir nada. Nesse caso, o resultado pode ser tristeza, amargura, rancor... Aquele que hesita em decidir ou opta deliberadamente por não fazê-lo se arrisca a seguir arrependido pelo resto de seus dias. Decidir é salutar, decidir é necessário, decidir é da natureza humana.
Na condição de empreendedor, estou ciente de que a tomada de decisões está na essência de gerenciar. Sem ela, a gestão é um vácuo. Algumas das escolhas feitas por um gestor são acertadas e relevantes, trazendo resultados incríveis para todos que estão no time. Muitas outras, porém, não surtirão o mesmo efeito, e outras tantas um dia se mostrarão equivocadas. Poucas vezes um líder faz um acerto grandioso que muda tudo e, em geral, quando consegue, é porque errou antes e aprendeu com a experiência.
Toda decisão envolve medo. Medo de mudar, de errar, de se arrepender. Faz sentido, já que decisões implicam mudanças, mais ou menos drásticas.
A decisão de mudar de profissão dá frio na barriga de qualquer um... A de criar uma empresa impõe ao empreendedor uma rotina, para dizer o mínimo, abnegada... A de constituir família inaugura uma série de responsabilidades e compromissos que são para a vida toda... A de eleger um novo governante traz sérias implicações para a cidade, o estado ou o país inteiro... A de viajar pelo mundo tira da zona de conforto o tempo todo... A de se mudar de casa ou de país, então, nem se fala... A de aderir a um rígido programa de exercícios físicos e dieta para perda de peso exige hábitos novos, muitos dos quais inseridos na rotina depois de muito sofrimento...
Interessante notar que o sucesso em cada uma dessas decisões é resultado de pequenas outras que servem como treino para as maiores. Não por outra razão, é possível antever o rumo que nossa existência tomará e até redesenhá-lo, se assim quisermos.
Basta seguir a lógica de ir tomando decisões simples, associadas a pequenos ganhos ou pequenas perdas, dia após dia. Sobre essas escolhas diárias incidirão os juros compostos da vida, com os lucros e dividendos caindo em nossa conta dez ou vinte anos mais tarde. A maior preocupação deve ser, portanto, com a constância na trajetória, não com os resultados imediatos.
Por isso, amigo leitor, jamais ceda à tentação de abdicar dos seus sonhos em troca de satisfações momentâneas. O instante passa. Num piscar de olhos, pronto, já foi. Com sua trajetória na Terra é diferente. Os fatos podem até ser efêmeros, mas não sua vida como um todo. Chegará a hora de prestar contas dos seus atos e de pagar o preço por suas decisões.
É então que você perceberá como foi acertada a opção por acumular conhecimento, tomando pequenas decisões e se preparando para, quando fosse preciso, partir para as grandes. Como Warren Buffet diz, “é assim que funciona o conhecimento. Ele acumula, como juros compostos”.
Decidir ter disciplina nos estudos mudou minha vida. Decidir fazer faculdade no exterior mudou minha vida. Decidir montar o Gran Cursos Online, em junho de 2012, mudou minha vida. Decidir convidar a Viviane, hoje minha esposa, para sair, também mudou minha vida. Na época, é claro que eu não sabia que essas decisões eram das grandes, mas EU defini a direção, e segui o caminho. O resultado veio – depois de muito plantio e de muitas lágrimas, é verdade, mas veio.
Houve um tempo em que Jeff Bezos, hoje o homem mais rico do mundo, se questionou se deveria deixar o bom emprego que tinha para construir uma empresa do zero no mundo digital. Foi por essa época que ele cunhou o conceito de “minimização de arrependimento”. Perguntou a si mesmo: “No fim da minha vida, vou me arrepender de não ter feito isso?”.
A resposta que lhe veio à mente foi de que ele passaria os anos atormentado, pensando como o negócio teria sido. Então, saiu e seguiu seu projeto, bastante arriscado, ciente de que tudo poderia dar errado, mas com a consciência tranquila, pois estava preenchendo um vazio com potencial de atormentá-lo para sempre. E foi assim que fundou a Amazon. O juiz Fábio
Decidir ter disciplina nos estudos mudou minha vida. Decidir fazer faculdade no exterior mudou minha vida. Decidir montar o Gran Cursos Online, em junho de 2012, mudou minha vida. Decidir convidar a Viviane, hoje minha esposa, para sair, também mudou minha vida. Na época, é claro que eu não sabia que essas decisões eram das grandes, mas EU defini a direção, e segui o caminho. O resultado veio – depois de muito plantio e de muitas lágrimas, é verdade, mas veio.
Houve um tempo em que Jeff Bezos, hoje o homem mais rico do mundo, se questionou se deveria deixar o bom emprego que tinha para construir uma empresa do zero no mundo digital. Foi por essa época que ele cunhou o conceito de “minimização de arrependimento”. Perguntou a si mesmo: “No fim da minha vida, vou me arrepender de não ter feito isso?”.
A resposta que lhe veio à mente foi de que ele passaria os anos atormentado, pensando como o negócio teria sido. Então, saiu e seguiu seu projeto, bastante arriscado, ciente de que tudo poderia dar errado, mas com a consciência tranquila, pois estava preenchendo um vazio com potencial de atormentá-lo para sempre. E foi assim que fundou a Amazon.
O juiz Fábio Esteves, em entrevista para o canal Imparável, resumiu bem a ideia: não devemos pagar o preço de desistir. Desistir causa uma dívida impagável. Seremos cobrados de maneira implacável.
E então, concurseiro, qual é SUA decisão que mudará tudo para VOCÊ? Qual é a escolha que, se não for feita logo, lhe causará arrependimento para o resto da vida? O que é que, se você deixar de realizar, o levará a remoer o que poderia ter sido e não foi? Seu sonho é ser juiz? Então vá à luta! Nada de criar uma fonte de amargura por não haver tentado. É ser policial? Então, por favor, não se condene a chegar aos 80 anos de idade doente de tristeza por não ter tomado a decisão certa na hora certa.
Não perca tempo, não demore a decidir. São as pequenas escolhas que definem o tom e o rumo. Decida estudar um pouco mais hoje. Decida fazer um planejamento melhor hoje. Decida matricular-se em um curso hoje. Decida que você quer mudar de vida e não vai aceitar nada além disso. Decida que você merece ser feliz em todas as áreas. Decida que você é capaz.
DECIDA!
“No fim, é o esforço extra que separa o primeiro do segundo lugar. É preciso desejo, determinação, disciplina e sacrifício. Se juntarmos tudo, mesmo se não ganharmos, é impossível perder.” – Jesse Owens, (1913-1980), atleta norte-americano
*texto de Gabriel Granjeiro, diretor-presidente do Gran Cursos Online