Confira as dicas de estudo para os concursos de Escrivão e Investigador de Polícia/SP.
Redação Publicado em 15/09/2008, às 13h41
Chegou a hora dos interessados em prestar os concursos para as carreiras de Investigador e Escrivão da Polícia Civil de São Paulo intensificarem os estudos! Segundo a Academia de Polícia Civil (Acadepol), responsável pela realização dos concursos da corporação, os editais já voltaram para as respectivas comissões e a expectativa é que eles sejam publicados nesta semana.
E, para ajudar os candidatos nesta etapa final, o Jornal dos Concursos & Empregos entrevistou o coordenador do curso preparatório das duas carreiras, ministrado na Associação dos Funcionários da Polícia Civil do Estado de São Paulo (Afpcesp), Hilkias de Oliveira. Confira as dicas e boa sorte!
Estrutura do concurso
De acordo com Oliveira, os concursos para as carreiras de Investigador e Escrivão da Polícia Civil, em São Paulo, acontecem em três etapas: prova preambular, prova oral e exames psicológicos. Nas instruções para as seleções da corporação, publicadas recentemente no Diário Oficial do Estado, ficou definido que a prova preambular deve ser constituída de questões objetivas de múltipla escolha, com cinco alternativas e atribuição de nota de 0 a 100, podendo o seu conteúdo ser distribuído por disciplinas ou módulos. Para ser aprovado, é necessário que o candidato acerte, no mínimo, 50% das questões por disciplina ou módulo.
Disciplinas
Em relação às disciplinas exigidas para as provas, o coordenador diz que, nos concursos anteriores das funções, foram cobrados conhecimentos em Português, Matemática, História, Geografia e Informática. No entanto, ele afirma que há estudos para que matérias relacionadas a Direito, à Lei Orgânica da Polícia Civil e o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo passem a integrar o conteúdo programático das seleções.
Caso aconteça essa mudança, Oliveira diz que, na área de Direito Constitucional, os candidatos devem estudar o artigo 5º, que trata dos direitos e deveres dos cidadãos; em Direito Penal, o enfoque deve ser nos artigos que falam dos Crimes contra a Administração Pública e Crimes contra a Administração da Justiça e, em Direito Administrativo, o Estatuto dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo deve ser tema de prova. Ele também alerta para a possível cobrança da Lei Complementar nº 207/79, que é a Lei Orgânica da Polícia Civil.
Segundo Oliveira, o objetivo dessa alteração é a profissionalização dos aprovados. “O aluno já deve ingressar com conhecimentos nas áreas que se referem aos seus direitos e deveres, porque o concurso tem a finalidade de profissionalizar o aprovado. Se ele desconhece os direitos e deveres, como pode tentar uma profissionalização? A Acadepol está pensando de uma forma correta ao introduzir essas matérias. São matérias importantes para a qualificação do aprovado”, diz.
Dicas de estudo
Oliveira explica que os interessados nos concursos de Investigador e Escrivão devem começar os estudos com as matérias regulares, ou seja, Português, Matemática, História, Geografia e Informática. Caso outras disciplinas sejam incluídas no conteúdo programático, estas poderão ser estudadas depois. “O candidato deve começar com as matérias regulares e poderá estudar as complementares posteriormente”.
Ele diz que, à disciplina de Português, os candidatos devem dar uma maior atenção, por ser, geralmente, a que mais reprova. “Eu tenho a impressão que Português é a matéria mais pesada, pois é a matéria da comunicação e exige-se bastante conhecimento. Por isso é a mais difícil e a que mais reprova”, afirma.
Segundo o coordenador, a matéria de Matemática visa elevar o nível dos candidatos e, as de conhecimentos gerais (História e Geografia), verificar o grau de atualização do candidato. “É para ver se o candidato está atualizado, pois se ele não estiver será um caos. Quando o candidato presta um concurso, ele tem que estar apto a assumir o cargo para o qual foi nomeado”.
Quanto à exigência das matérias complementares (noções de Direito, Estatuto e Lei Orgânica da Polícia Civil), Oliveira diz que é bem provável que elas sejam cobradas nesses dois concursos, já que a administração pública, nos últimos anos, vem primando por candidatos que tenham uma visão mais ampliada em relação à atualidade e à carreira que vão exercer.
Prova oral
Muito temida pela maioria dos candidatos, a prova oral tem, segundo Oliveira, o objetivo de avaliar o conhecimento do candidato sobre os temas do conteúdo programático e seu posicionamento perante a banca examinadora. “O objetivo é ver se o candidato fala com perfeição, tem raciocínio lógico, além do conhecimento dos temas”.
O candidato é entrevistado por uma banca examinadora sobre os temas previstos no edital e deve expor suas respostas baseadas em argumentos. Para o coordenador, o único segredo para a aprovação nessa fase é o candidato estudar muito e chegar no dia da prova conhecendo muito bem as disciplinas. “Nessa hora, o candidato tem que ter consciência do seu papel na banca e mostrar para o professor que está apto a assumir o cargo”, ressalta.
Juliana Pronunciati/SP