Comissão organizadora acerta os últimos detalhes para poder dar andamento ao processo seletivo que está previsto para o segundo semestre
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE/SP) pretende definir o quanto antes o número de oportunidades que será disponibilizado no concurso que vai preencher vagas para técnico e analista judiciários.
A previsão inicial era de que o edital seria publicado no segundo semestre com uma oferta de 82 chances, sendo 42 para técnico judiciário (nível médio) e 40 para analista judiciário nas áreas judiciária e administrativa (superior). Os salários iniciais serão de R$ 3.993,09 para técnico e de R$ 6.551,52 para analista, acrescidos de benefícios.
De acordo com informações da assessoria de imprensa do tribunal, haverá provas objetivas e discursivas para os cargos vagos de nível superior, enquanto os de nível médio terão somente provas objetivas. Os exames serão realizados exclusivamente na cidade de São Paulo.
A comissão organizadora continua estudando as regras que vão reger o certame e ainda não definiu o número exato de vagas e os cargos que deverão ser preenchidos. A definição da quantidade de postos a serem ofertados é importante para que os contatos com as principais empresas organizadoras possam ser iniciados.
Seleção anterior O último processo seletivo do TRE/SP teve edital publicado em 2006. Na ocasião, foram disponibilizadas 63 chances para técnico nas especialidades administrativa e de programação de sistemas, além de uma oportunidade para analista na área de enfermagem. As remunerações estavam entre R$ 2.475,53 e R$ 4.094,50 e foram registradas 69.245 inscrições. A Fundação Carlos Chagas ficou responsável pela organização do concurso.
Expectativa Desde que o concurso do tribunal foi autorizado, a previsão para a sua realização já sofreu várias alterações. O
JC&E conversou com um especialista no setor de concursos para entender de que maneira as indefinições sobre a abertura do processo seletivo podem influenciar na rotina de estudo dos alunos. Confira a opinião de Alexandre Prado, diretor do Concurso Virtual.
JC&E – De que maneira a demora para o lançamento de um concurso influencia no ritmo de estudo dos alunos? Quais as principais dicas para casos como esse?
Alexandre Prado – Como não há certeza de quando um concurso será lançado, aqueles que almejam por uma vaga pública devem estar sempre estudando desde o primeiro momento em que decidiram fazer parte da máquina pública. O tempo só será adversário para aqueles que não se programam, ou acham que passar em concurso é “moleza”. O candidato não pode basear seu ritmo de estudo nos editais que são lançados. Antes disso, ele deve estudar as matérias básicas, como português e conhecimentos gerais, de modo que quando houver a confirmação daquela vaga sonhada, ele consiga estudar as matérias específicas com mais calma.
JC&E – Qual a expectativa em relação à abertura do concurso?AP – A expectativa é de que o concurso seja lançado no último trimestre deste ano.
JC&E – Apesar de já existir o número provável de 82 vagas, o órgão diz que o total de oportunidades que será oferecido ainda não está fechado. O quanto a indefinição do número de vagas influencia no estudo do candidato? Ou esse número é indiferente para quem está bem preparado?AP – O número de vagas não influencia nos estudos do candidato. Afinal, o concurseiro não vai se dedicar mais porque há muitos candidatos e poucas vagas, e nem vai se dedicar menos porque há poucos candidatos e muitas vagas. Aquele que realmente quer alcançar o objetivo de ser funcionário público deve sempre estudar na mesma intensidade e dedicação.
JC&E – Os candidatos podem tomar como base o conteúdo programático do edital anterior? O concurso de 2006 foi organizado pelo Cespe/UnB. O que os candidatos podem esperar de uma prova do Cespe?AP – O candidato só não pode como deve basear os estudos pelo edital anterior. O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) é a banca que mais se difere das demais, pois é a única que aplica provas com questões no formato certo e errado, e não de múltipla escolha. Esse modelo é excelente para o aluno que vem se preparando com antecedência, pois o Cespe/UnB traz questões multidisciplinares, envolvendo várias matérias na mesma pergunta. A grande dificuldade nas provas do Cespe/UnB é que os textos das questões e das respostas são longos, e o candidato pode não conseguir terminar a prova a tempo. O candidato tem que estar bem treinado, responder as que sabe rapidamente e, se tiver dúvida, pular a questão.
Renan Abbade
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