Previsão é de que seleção, aguardada desde 2010, seja incluída no orçamento municipal anual. Mais verbas federais para a área de segurança já estão acertadas
A Guarda Civil Metropolitana de São Paulo (GCM/SP) não realizará concurso em 2012. Com o fim da atual administração municipal, o concurso para 1.742 vagas esperado avidamente desde 2010 ficará para o orçamento 2013 e só deve voltar a ser discutido após o fim das eleições municipais.
Na última semana, o secretário municipal de segurança urbana, Edsom Ortega, foi o anfitrião de um debate sobre ações de segurança na cidade de São Paulo. Participaram do evento representantes do Ministério da Justiça, do Ministério do Desenvolvimento Social, da Secretaria Estadual de Segurança Pública, entre outros. Entre os muitos frutos do debate, ficou acertada a liberação de mais recursos provenientes do Ministério da Justiça para investimentos na área de segurança urbana.
Retrospectiva Anunciado em 2010, o próximo concurso para a GCM tem encontrado dificuldades para ser viabilizado. Uma comissão de concurso chegou a ser constituída no meio de 2011 para ser desfeita pouco depois. O processo de instauração do processo seletivo já passou pelas secretarias de Finanças e Planejamento e está atualmente na Secretaria de Segurança Urbana. A assessoria da pasta confirmou à reportagem do JC&E que é grande a possibilidade do novo concurso ser incluído no orçamento de 2013.
O último concurso para a GCM ocorreu em 2004 e, na ocasião, foram abertas 1.700 vagas. De acordo com o diretor do Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo (Sindguardas/SP), Clóvis Roberto Pereira, a atual administração municipal se despede com um efetivo bem inferior do que quando assumiu. “O efetivo era de aproximadamente 8 mil em 2005 e hoje gira em torno de 6.500”. Ainda segundo o sindicalista, por lei, a GCM pode ter até 15 mil servidores.
“Estamos com cerca de um terço dos postos ocupados, queremos o preenchimento completo do quadro”, complementou.
Em março, uma greve chegou a ser cogitada após o adiamento de uma reunião conciliatória por determinação do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP). A ideia, porém, não avançou.
Perspectivas O reforço nas verbas federais pode ser o gatilho que faltava para a realização do novo concurso. A mudança de governo pode ser outro fator decisivo para que as 1.742 vagas – número que dadas as circunstâncias pode até mesmo ser ampliado – sejam abertas.
Quem pode concorrer O candidato deverá ser maior de 21 anos, até a data de término das inscrições; estar em dia com seus direitos civis e políticos; ter nível médio completo; altura mínima de 1,68m, se homem, e de 1,60m, se mulher; e não registrar antecedentes criminais. O salário inicial da categoria é de R$ 1.537, mais benefícios como vale-refeição, vale-alimentação e vale-transporte.
Reinaldo Matheus Glioche/SP