TRF 3 define organizadora de próximo concurso

Oportunidades para as carreiras de técnico e analista judiciários que exigem, respectivamente, níveis médio e superior; remunerações iniciais de até R$ 7,1 mil, mais benefícios

Renan Abbade   Publicado em 26/09/2013, às 11h25

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que engloba os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, informou que a Fundação Carlos Chagas (FCC) será a empresa responsável pela organização do próximo concurso para servidores do órgão. O documento foi publicado na edição desta quinta-feira (26) do Diário Oficial da União.

Para concorrer a técnico, o candidato deve possuir o nível médio. O salário inicial chega a R$ 4.623. O cargo de analista exige nível superior e conta com remuneração de R$ 7.181,52. Os aprovados ainda têm direito a benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-transporte.


CONFIRA PROVAS VIRTUAIS DO TRF

Informações do tribunal no início do ano davam conta de que havia pelo menos 50 cargos disponíveis, entre eles os analista judiciário (10), técnico judiciário (29) e auxiliar judiciário (11), distribuídos entre diversas áreas de especialização. Na época, a comunicação do TRF declarou que "o quantitativo de vagas e os cargos a serem disponibilizados no concurso público só serão definidos por ocasião da expedição do respectivo edital”.

Atualmente, o TRF3 conta com um quadro de pessoal de 1.867 servidores, sendo 599 analistas judiciários, 1.234 técnicos judiciários e 34 auxiliares judiciários.

No final do ano passado, o tribunal havia conseguido a aprovação de crédito suplementar no valor de R$ 8,3 milhões pelo Congresso Nacional, montante através do qual será viabilizada a abertura da próxima seleção.

Em 2007, ano do último edital para servidores do TRF 3, a organização também coube à Fundação Carlos Chagas. Foram abertas 112 oportunidades para técnico e analista, distribuídas por ambos os Estados. Para analista, as ofertas eram para profissionais com formação em direito, arquitetura, biblioteconomia, ciências contábeis, engenharias civil e elétrica, análise de sistemas, medicina, odontologia, psicologia e serviço social. Já para técnico, a seleção envolvia as áreas administrativa, de apoio especializado em contabilidade, informática, operação de computador e segurança. Na ocasião, os salários previstos eram de R$ 2.915 (técnico) e R$ 4.796,47 (analista). O prazo de validade venceu em abril do ano passado.

A Justiça Federal costuma convocar mais candidatos do que o número de vagas oferecido. Nesta seleção de 2007, por exemplo, foram oferecidas 26 vagas de analista judiciário – área judiciária e foram convocados 107 candidatos. Para o cargo de técnico judiciário – área administrativa, de 55 vagas previstas, 230 foram chamados.

Alterações no edital
A comissão organizadora estuda mudanças tanto para a carreira de técnico quanto analista judiciário. Para o primeiro, o objetivo é aumentar a carga de conteúdo na área de direito. E para todas as carreiras, inclusive analista, o plano é abolir a prova prática de formatação de texto e digitação. Porém, essas medidas ainda dependem de aprovação interna para vigorar.

Na parte de conhecimentos gerais estarão presentes as disciplinas de português, matemática e raciocínio lógico. Já na parte dos conhecimentos específicos, além de noções de direito administrativo e direito constitucional, deverão ser acrescentadas as matérias de noções de direito processual civil de direito processual penal, sendo excluída a disciplina de direito penal. Os candidatos podem tomar como base o conteúdo do último edital do concurso para o Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

O TRF 3 foi criado junto com outros quatro tribunais – cujas sedes ficavam em Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife – pela Constituição de 1988, com o objetivo de substituir e regionalizar a jurisdição do extinto Tribunal Federal de Recursos (TFR). O tribunal atualmente é responsável por mais de 50% das ações apresentadas na Justiça Federal de todo o país.