Hoje, muitas pessoas buscam nos APPs uma maneira de unir a tecnologia com os estudos, seja para a escola, vestibular ou na preparação para concurso público
Com a tecnologia fazendo cada vez mais parte da vida das pessoas, a dica é aplicar o que ela tem de melhor no nosso cotidiano. Um bom exemplo são os smartphones e tablets, que cada dia mais vêm ganhando espaço devido à praticidade. Os
aplicativos - ou
APPs, como foram abreviados popularmente - por exemplo, vão muito além de conectar amigos em redes sociais. Hoje, muitas pessoas buscam nesses pequenos utilitários uma maneira de unir a tecnologia com os estudos, seja para a escola, vestibular ou na
preparação para concurso público. O JC conversou com especialistas e usuários sobre essa prática e o quanto ela pode contribuir no período escolar, acadêmico ou na vida profissional.
A velocidade da informação é um dos pontos fortes que se destacam nos aplicativos. Por serem fáceis de usar e muito conectados às novas gerações, eles favorecem o aprendizado. “Resolvem problemas ou solucionam dúvidas de forma direta e rápida, evitando muitas vezes pesquisas intermináveis para se encontrar as soluções”, comenta Wagner Sanchez, 41 anos, diretor acadêmico especializado em meios tecnológicos para educação.
Já a professora de biologia e diretora pedagógica Rita Zaremba, 46, destaca a interatividade como maior benefício aos seus alunos. “Conseguimos trazer o mundo para a sala de aula. Dessa forma, podemos interagir com os estudantes por meio de diversas realidades. Assim, ganhamos tempo nas pesquisas e ainda estimulamos a criatividade quando utilizamos a tecnologia”, diz.
Wagner acredita que é muito cedo para que os smartphones substituam os métodos tradicionais de estudos, como apostilas e livros. Porém, em médio e longo prazo, sim. “Atualmente eles contribuem muito. O aluno do nosso ensino médio não utiliza mais livro didático, já que utilizamos o iPad com as apostilas e os APPs para agregar. Para outras idades e outros públicos, talvez ainda leve algum tempo. Vale lembrar que a geração touchscreen (acostumados com o toque de tela) está presente em diversas formas digitais de transmitir conhecimento”, salienta Sanchez, que trabalha em uma faculdade de tecnologia em São Paulo.
Rita concorda com o diretor e ainda reforça que essa substituição, além de contribuir com o aprendizado, pode também ajudar o meio ambiente, já que, em teoria, o uso de cadernos seria reduzido. “Ainda não atingimos um nível tecnológico que permita isso. Mas quando atingirmos vamos preservar muitas árvores”, ressalta.
Estudantes
Em meio a pontos de vista de professores e especialistas sobre o uso de aplicativos nos estudos, o que pensa e como lida o aluno com toda essa tecnologia? Para não ficar apenas com a opinião de quem ensina, mas também com a de quem aprende com essa prática, conversamos com o jovem Leonardo Zanatta Ribeiro, estudante do terceiro ano do ensino médio. O garoto de 16 anos destaca que tenta conciliar os novos métodos de estudo com os mais tradicionais. “Os livros nunca deixam de ser interessantes, mas os aplicativos trazem informações com maior velocidade e um dinamismo que os livros não têm. Isso me ajuda muito!”, comenta Leonardo, que se prepara para prestar vestibular no próximo ano.
Contudo, o estudante faz ressalvas sobre o uso em excesso. “Quando utilizo visando estudar para provas, por exemplo, às vezes perco o foco”, conta Zanatta, sobre a internet que pode desviar sua atenção. Outro problema é que para alguns programas é necessário ter domínio de outro idioma. “Sinto falta de aplicativos de humanas na língua portuguesa e também na área de exatas”, finaliza.
É fundamental que os usuários não fiquem restritos apenas ao encantamento com os utilitários, segundo Zaremba. “Fazendo do método online uma ferramenta em potencial, pode servir para vestibulares e concursos. Mas depende de cada aluno, das habilidades e competências a serem desenvolvidas. Devemos incentivá-los a utilizar a tecnologia para a obtenção do saber e não só para divertimento”, explica.
Sanchez alerta que não há tecnologia que supere a falta de conscientização e de determinação. Segundo o diretor, não adianta ter acesso à ferramenta se não mantiver o foco. “É importante que o aplicativo faça muito sentido para o aluno, que ele esteja envolvido no processo e que saiba também que existirá cobrança e um reconhecimento daquele tempo que estiver se dedicando ao estudo”, conclui. Seja o seu intuito a aprovação em vestibular, concurso público ou mesmo na escola, a principal recomendação dos especialistas é usar os aplicativos com bom senso e objetividade.
Exemplo de sucesso
Lançado há dois anos pelo Grupo CERS - rede preparatória para carreiras jurídicas, OAB e concursos públicos -, o
CERS no Bolso tem sido um facilitador na vida de muitos concurseiros, trazendo a possibilidade de baixar as aulas e assistir off-line a qualquer momento, mesmo que não haja internet. Com isso os candidatos otimizam as leituras e as práticas para os momentos de provas. E, como a rede não para de inovar, a ferramenta acaba de ganhar novas funções que permitem aos alunos adaptar o ritmo de aula de acordo com as suas necessidades.
"Nessa nova versão, incluímos o acelerador de vídeos com quatro opções de velocidade, além da funcionalidade podcast. O acelerador é uma função muito solicitada pelos alunos, pois eles conseguem acompanhar o conteúdo das aulas, economizando pelo menos 25% do tempo de estudo. E a função do áudio é que o aluno pode ir escutando as aulas no carro ou no ônibus sem precisar estar com a tela do celular ligada", explica do presidente do Grupo CERS, Renato Saraiva.
O aplicativo ainda oferece diversos recursos aos candidatos, como notícias, avisos, dicas em áudios, notificações sobre concursos e Exame de Ordem e chat com outros alunos na aba de eventos. O candidato ainda pode baixar até três aulas por vez, e o material ficará disponível por 72h no celular. Após a expiração, será possível baixar novas aulas e dar continuidade aos estudos. O aplicativo é gratuito, mas exclusivo para os alunos cadastrados no site do CERS. "Nosso objetivo é sempre investir em inovação e qualidade de ensino para que os concurseiros possam ter a melhor experiência de aprendizado possível, o que é fundamental para sua preparação para as provas", conclui Saraiva.