Ter estratégia para estudo é uma das condutas mais importantes para o aprendizado, é o plano que você irá desenvolver. São muitas as estratégias, para as diferentes metas e a melhor é, justamente, aquela que envolve o todo do projeto e com a qual voc
Redação Publicado em 15/06/2012, às 16h05
William Douglas
Ter estratégia para estudo é uma das condutas mais importantes para o aprendizado, é o plano que você irá desenvolver. São muitas as estratégias, para as diferentes metas e a melhor é, justamente, aquela que envolve o todo do projeto e com a qual você melhor se identifica.
Ao escolher sua estratégia é necessário observar três fatores: a personalização, sua flexibilidade para adequá-la e a avaliação do custo benefício que trará para você.
Nenhuma técnica está “escrita na pedra” e é sempre possível modificá-la para melhor atender às suas necessidades. As preferências pessoais irão moldar as melhores estratégias e os resultados virão quanto mais intimidade tivermos com a técnica. Proponho, a seguir, um exemplo possível de estratégia de estudo, comentando posteriormente seus itens:
- Assistir às aulas;
- Realizar anotações e/ou mapas mentais;
- Leitura inicial (livros, códigos, doutrina, súmulas etc.);
- Leitura aprofundada;
- Elaboração de resumos e/ou mapas mentais;
- Realização de exercícios;
- Revisão dos assuntos ainda não consolidados;
- Revisão dos resumos ou mapas mentais.
Assistir às aulas: alguns concurseiros têm a possibilidade (condição financeira e tempo) de frequentar um curso preparatório ou aulas das disciplinas exigidas pelo edital em cursos de extensão e universidades. Para aqueles que têm essa oportunidade, assistir às aulas, frequentá-las com assiduidade e tirar eventuais dúvidas é uma excelente forma de auxiliar na preparação. Os professores dos cursos são fonte de informação e vão ajudá-lo a orientar seu estudo e direcioná-lo para que seja bem-sucedido.
Realizar anotações e/ou fazer mapas mentais: anotar o conteúdo de aulas é uma prática antiga que auxilia na memorização de um dado conteúdo. Anotar é a melhor maneira de recordar. Outra forma de colocar as anotações de uma forma ainda mais prática é dispondo-as em mapas mentais. A técnica de mapas mentais constitui-se em dispor a informação em desenhos simples que remetam ao conteúdo da matéria. Por ser uma forma mnemônica de estudo possui grande eficiência.
Leitura inicial: a maior parte dos concurseiros começa exatamente nessa fase. Sem as aulas para dar o suporte ao estudo, eles partem do edital e pelas obras de referência estudam os conteúdos que serão cobrados. A leitura é indispensável para qualquer certame.
Leitura aprofundada: após feita a primeira leitura é chegada a hora de ler profundamente, destacando as partes mais importantes do texto. Nesse momento é valido sublinhar, marcar com marca-texto, envolver, comentar nas bordas, colocar símbolos e setas, enfim, tudo que facilite a apreensão do conteúdo.
Elaboração de resumos e/ou mapas mentais: o próximo passo após a leitura aprofundada é exatamente a elaboração de resumos e/ou mapas mentais, com os elementos que foram destacados em sua leitura anterior. Como as anotações de aula, são extremamente úteis na preparação, especialmente por destacarem o mais importante na matéria. O resumo ou mapa, em si, já é uma forma de estudar, porque ao transcrever o conteúdo acabamos por fixá-lo.
Realização de exercícios: sem dúvida alguma uma das etapas mais importantes em sua sequência de estudos, a realização de exercícios, especialmente a resolução de provas anteriores, é indispensável uma vez que, além de auxiliá-lo na revisão, irá prepará-lo para o estilo de prova de determinadas bancas. Estar familiarizado com o estilo de pergunta ou “pegadinhas” propostas é uma boa parte do caminho para o sucesso. Alguns conteúdos também tendem a se repetir, dessa maneira, ter feito provas anteriores é uma forma de se antecipar e prever provas futuras.
Revisão de assuntos não consolidados: após toda a revisão e leitura é normal que alguns assuntos não se tenham consolidado na mente dos concurseiros. Um bom termômetro para medir essa assimilação é, justamente, a realização de provas anteriores. Aquelas questões que foram respondidas de maneira incorreta, porque o candidato, realmente não dominava o assunto – e não porque resolveu mudar a resposta na última hora – devem ter seu conteúdo reforçado. Releia os resumos e marcações no livro, faça novos comentários e relacione o conteúdo de maneira a facilitar a conexão com outros assuntos mais fáceis para você.
Revisão dos resumos/mapas mentais: assim como é necessário rever os resumos/mapas e fazer novos comentários, em muitos casos será necessário refazê-los, seja para complementá-los ou simplificá-los. É comum que os primeiros mapas sejam bastante complexos e com muitas informações, quando o ideal é mantê-lo simples. Revisar os mapas pode corrigir essas pequenas falhas e otimizar seu estudo.
Esse é um dos caminhos a se trilhar. Você deve descobrir qual o melhor para você. Antes, no entanto, tenha em mente que a boa preparação exige muito afinco e dedicação. Não necessariamente passar horas a fio estudando, mas estudar com qualidade, realmente compreendendo e desvendando a matéria. Você faz sua aprovação, comece já!
William Douglas é juiz federal, professor universitário, autor de mais de 20 obras e expert em Concursos Públicos (passou em 9 concursos, sendo 5 em primeiro lugar). www.williamdouglas.com.br