Saber escolher implica de algum modo, optar por algo, por uma direção que necessariamente frustra outro interesse
Redação Publicado em 04/01/2012, às 16h20
Luiza Ricotta
Há certa expectativa em relação a nossas atitudes quando é o caso de desempenharmos, de colocarmos potência em nosso trabalho. Tal expectativa aumenta quando se trata de viver e compartilhar sentimentos e emoções e precisamente quando fazemos parte da vida de outras pessoas. Elas solicitam atenção e pedem participação. Buscam nossa colaboração em atividades pelas quais somos parceiros. É o esperado.
Considerando que o final de ano nos leva a uma série de ações esperadas e previsíveis, período de encerramento, festas familiares, férias para uns, trabalho com menor exigência para outros, exames e concursos para outros, dá-se a complexidade da divisão de interesses e das tais expectativas. O contexto, a circunstância desse período, nos faz muitas vezes agir dentro do esperado. Percebemos precisar cumprir algumas expectativas que nos requisitam. Mas se temos um projeto a dar continuidade, como é o caso dos que se preparam para as próximas provas de concursos, a proposta é outra. A realidade precisa ser vista de forma ampla e sobre outra órbita – daqueles que estão buscando a aprovação neste ano de 2012, que por sinal, reserva um período de muitos certames desde o início de ano – janeiro, fevereiro, março; considerando os mais próximos.
A própria expectativa que se tenta fazer cumprir, a de estar presente para viver esse período de festas, bem como a de dar conta da sua preparação em estudos,organização e decisões, acaba por colocá-lo diante de uma divisão e que pede uma escolha: - cumpro a expectativa que os demais tem de mim ou dou conta de cumprir a minha agenda de preparação em estudos, organização e decisões diante das provas que estão por vir?
A escolha por vezes provoca a culpa de não poder cumprir o que se gostaria. O dilema está feito: entre o que se gostaria de fazer e o que precisa ser feito. Eis a tônica deste período para tantos que buscam sua colocação profissional.
Saber escolher implica de algum modo, optar por algo, por uma direção que necessariamente frustra outro interesse. Por isso é decisão! Elege uma prioridade que aplaque a equalização. O exercício e o treino de se distribuir e se organizar para ser justo diante das tantas expectativas: as suas e a de outras pessoas importantes para você.
A sabedoria envolvida aí está em que não se pode ter e nem ser tudo; estar presente em dois ou mais lugares ao mesmo tempo por exemplo. Nem mesmo suprir expectativas demasiadas sem que considerem seus intentos. Não deixe de lembrar às pessoas importantes de sua vida que tem um plano a cumprir. Converse com elas, explicando e fazendo-as compreender o momento que está passando. Sendo assim elas ficam informadas e podem se manifestar dentro das expectativas em bases reais, sabendo de que forma podem contar com você, em que momentos e situações. Você pode inclusive informar de que modo poderá participar.
Ficando mais equilibrado, o momento se tornará mais leve, especialmente nesse final de ano de 2011 e passagem para o ano de 2012, em que possam se revigorar fazendo somar às suas forças, todos os seus desejos de uma vida plena que certamente espera para si. Reúna tais expectativas numa atmosfera maior e ampla. Deixe de considerar que somente o que você realiza é o que importa. O que interessa às demais pessoas da sua vida é importante para elas e procure encontrar um meio de fazer conexão com tais expectativas que elas possuem e que também contam coma sua participação. A troca é necessária e te oferecerá o retorno necessário para a sua concentração e dedicação no seu projeto.
Luiza Ricotta é psicóloga e professora universitária. Autora do livro Preparação Emocional em Concursos Públicos: equilíbrio e excelência. Você pode conhecer também o tema através das vídeo-aulas de Preparação Emocional na área VIP para assinantes do www.jcconcursos.com.br. Twitter: @luizaricotta