Bolsonaro reafirma que máquina publica está inchada, mas deve haver reajustes

Declaração do presidente candidato a reeleição, Jair Bolsonaro, ocorreu durante entrevista ao podcast Inteligência Ltda,

Fernando Cezar Alves   Publicado em 22/10/2022, às 08h34 - Atualizado em 24/10/2022, às 14h23

Presidenciáveis Lula e Bolsonaro: Divulgação

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro, em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, na última quinta-feira, 20 de outubro, reafirmou que a máquina pública está inchada, ao explicar o motivo pelo qual, durante seu mandato, foram realizados concursos públicos apenas para as áreas que considerou prioritárias, com ênfase para a segurança pública. No entanto, ressaltou que existe a intenção de viabilizar reajustes salariais para o funcionalismo para os próximos anos, caso reeleito.

Na ocasião, Bolsonaro que não se coloca contrário ao funcionalismo, embora não tenha dado prioridade para a contratação de pessoal. "Nós praticamente não abrimos concursos ao logo desse tempo todo. Não é que somos contra os concursos. Mas a máquina está inchada. Pode chegar ao ponto dela parar de funcionar. Então abrimos concursos apenas para as áreas essenciais, como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal", disse.

Com relação a reajustes, ressaltou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que em 2023 deverá haver aumento real do salário mínimo, além de aumento real para os servidores públicos "Estamos há três anos sem reajustes. A pandemia nos levou a isso. É uma despesa enorme, que todos pagaram. Nos endividamos e não podíamos mais ter despesas. O servidor pagou, não tendo reajuste".

Veja o momento em que Bolsonaro fala sobre concursos, a partir de 51 minutos:

 

Bolsonaro já havia falado sobre política de concursos para um eventual novo mandato

Em 30 de agosto, durante o evento Diálogos com Candidatos à Presidência da República, promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), Bolsonaro já havia falado sobre a possibilidade de ralização de novos concursos em um eventual segundo mandato. Na ocasião, ressaltou que a contratação de pessoal não deve ser uma prioridade.

De acordo com o presidente, caso reeleito, deverá diminuir a quantidade de realização de novos concursos com o objetivo de "proteger" os atuais servidores em atividade. "Evitar concursos públicos para proteger os servidores que estão aí", declarou. 

Ainda de acordo com o chefe do Executivo, o governo iniciou a reforma administrativa justamente com esta finalidade. "Vai chegar um ponto em que não teremos dinheiro para pagar mais ninguém. Muita coisa foi feita lá atrás sem o menor controle", disse.

As declarações sobre concursos começam a partir de 2h48min:

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