Eles são a porta de entrada para muita gente no mercado de trabalho - ou o caminho mais curto para quem procura crescer na carreira. Especialista dá dicas para você acertar na escolha e aumentar chances de sucesso durante e depois dos estudos
Samuel Peressin Publicado em 06/06/2017, às 13h37
Em um cenário mercadológico de competitividade acirrada e com crescente exigência de qualificação, os cursos profissionalizantes têm sido a escolha de muita gente – seja quem busca o primeiro emprego ou mesmo aqueles que, já empregados, querem valorizar o currículo e dar um salto na carreira.
São dezenas de opções nas mais variadas áreas: de saúde a idiomas, passando por administração, indústria, gastronomia, hotelaria, estética, logística, informática e tantas outras.
Antes, porém, de escolher qual curso profissionalizante fazer, é indispensável observar três aspectos essenciais para aumentar as chances de sucesso durante e depois dos estudos, explica Ivan Pinna, diretor de duas unidades da rede Microlins (em Campo Limpo e Juquitiba).
“Em primeiro lugar, é importante procurar saber se a escola possui cursos de qualidade e com boa penetração no mercado de trabalho. Em segundo, se o curso pretendido contempla, na teoria e na prática, tudo que o mercado exige, para que a pessoa possa concorrer com destaque em futuras entrevistas. E, em terceiro, qual é o tempo de duração do curso, para que a pessoa possa planejar bem a colocação no mercado de trabalho ou a promoção na empresa atual”, elenca.
Com duração média de seis meses a um ano, diz Pinna, eles são acessíveis a pessoas a partir de 14 anos ou que cursam o 9º ano do ensino fundamental. É possível, portanto, começar cedo a superar uma das barreiras mais comuns aos jovens na hora das entrevistas: a tal da experiência.
“O jovem, quando procura uma oportunidade no mercado de trabalho, muitas vezes se depara com a exigência de experiência. O curso profissionalizante o ajuda a atender essa demanda, pois, em cursos de qualidade, a vivência profissional faz parte do aprendizado”, afirma.
Concluído o curso e com o certificado em mãos, são grandes as perspectivas de empregabilidade ou ascensão profissional, de acordo com o diretor. “Cursos profissionalizantes dão ao aluno uma possibilidade mais rápida de colocação no mercado de trabalho.”
Mas não se resume apenas a conquistar um lugar no mercado. Segundo Pinna, os cursos profissionalizantes permitem aos jovens detectar sua vocação profissional. “Muitos de nossos alunos descobrem sua missão no mundo por meio de um curso profissionalizante”, declara.
Aos 21 anos, ter o próprio negócio não é surpresa para Felipe Matos: depois que concluiu o ensino médio, ele investiu em cursos profissionalizantes e encontrou sua aptidão.
"Procurei a formação profissionalizante para me capacitar a entrar no mercado de trabalho e para me ajudar a decidir qual seria minha profissão. Os cursos que fiz me deram base técnica para desenvolver minha ferramenta e os diversos conhecimentos necessários para transformá-la em um negócio", conta.
Em pouco tempo, o jovem conquistou certificados de inglês, informática, web design e gestão e liderança. A escolha, opina, deu muito certo.
Ex-aluno da Microlins, hoje Matos é proprietário da ENVIA, startup criada por ele em 2016. A ideia, diz o jovem empreendedor, é simples: facilitar o trabalho das escolas em contatar seus alunos.
“Por meio da nossa ferramenta de web, as escolas podem enviar mensagens para todos seus alunos de uma só vez, porém com o nome de cada aluno em sua respectiva mensagem. Nossa meta é reduzir os esforços, tempo e custo que as escolas diariamente têm com esse tipo de atividade”, explica.
Apesar da pouca idade da ENVIA – a empresa completa um ano em outubro –, Matos já sabe bem onde quer chegar: “Estamos trabalhando para que, em breve, todas as escolas do Brasil possam contar com o apoio da nossa ferramenta”, projeta.