Especialistas dão orientações para o concurso

Professores comentam o conteúdo programático, dão dicas de estudos e relatam as vantagens do processo seletivo.

Redação   Publicado em 21/05/2010, às 15h17

Com a publicação do edital para o cargo de escriturário do Banco do Brasil (BB) para São Paulo, os paulistas encontram assim uma oportunidade para ingressar na tão sonhada área bancária. O JC&E conversou com alguns especialistas para saber as vantagens do processo seletivo, dicas de estudo e comentários sobre o conteúdo programático. Confira!

Cadastro Reserva – De acordo com o professor e diretor do curso preparatório Companhia dos Módulos, Sylvio Motta, a grande vantagem em prestar processos seletivos destinados a formação de cadastro reserva é que geralmente as questões das provas são mais fáceis  do que aqueles de provimento imediato. Além disso, os bancos costumam convocar todos os classificados.

Dicas de estudo – Para o coordenador-geral do Siga Concursos, Carlos Alberto De Lucca, o candidato deverá dedicar seu tempo conforme o total de pontos que poderá ser obtido com cada disciplina e estudar mais as matérias com maior pontuação possível. “Quem vai prestar o concurso do BB deverá dedicar maior tempo de estudos para conhecimentos bancários e atendimento, porém, não deve deixar de estudar as outras matérias”, afirma.

Nas disciplinas que requerem muita memorização, o professor sugere que os candidatos façam resumos, elaborem perguntas sobre a disciplina e estudem diariamente estes resumos ou respondam às questões. Uma dica importante também é gravar as perguntas e ouvir diariamente para fixar o conteúdo. Para as matérias que exigem mais entendimento como matemática, raciocínio lógico e português torna-se um diferencial praticar bastantes exercícios, principalmente de provas anteriores.

Já Sylvio Motta destaca que é muito importante focar as questões no estilo da organizadora. Todo o conteúdo programático deve ser analisado de forma meticulosa e profissional. “A FCC não costuma surpreender nas provas, as questões são quase sempre literais, ou seja, exigem do candidato apenas a memorização dos conceitos ou da legislação pertinente. Atenção especial, no entanto, deve ser dada à prova de língua portuguesa”, recomenda. Mas os professores concordam que a organização e estudo frequente são fundamentais para a aprovação. “Faça um quadro de horários e seja fiel a ele. Estude sempre, ou seja, todo dia, não importa se uma ou três horas, o que conta é a continuidade, lembre-se de que é uma maratona e não uma corrida de 100 metros rasos”, diz Motta.

Concorrência - A concorrência promete ser acirrada, já que este concurso atrairá muitos candidatos, pois, além de uma boa remuneração, benefícios, jornada de 6h diárias, o candidato poderá ter um grande plano de carreira, podendo alcançar altos cargos com concursos internos. De Lucca afirma que os candidatos não devem se impressionar com o número de inscritos. “Estude e faça o concurso pensando em obter uma nota mínima, como se fosse uma prova do colégio ou faculdade. De um modo geral, o candidato que obter 80% de acertos em um concurso está disputando uma vaga. Procure obter esta média de acertos durante os seus estudos”, declara.

Para Sylvio Motta, a concorrência em São Paulo não deverá ser maior do que nos outros Estados. “São Paulo não é um Estado onde o concurso público constitua a primeira opção de empregabilidade”, diz. Mesmo assim, Motta acredita que os futuros servidores devam ler o edital com atenção e se dedicar a todo conteúdo programático. O peso das matérias específicas é maior, porém, o candidato poderá se prejudicar caso descuide-se das matérias básicas.


Conteúdo programático – O diretor pedagógico da Academia do Concurso, Paulo Estrella comparou o edital anterior do BB (2008) com o que foi publicado recentemente. A organizadora do concurso atual é a Fundação Carlos Chagas e do último concurso foi o Cespe/Unb. Sendo assim, os candidatos já sabem que a prova será de múltipla escolha com cinco itens cada questão.

Para ser classificado, o candidato terá que acertar mais de 40% da prova de conhecimentos gerais e mais de 50% da prova de conhecimentos específicos. A região onde o aprovado trabalhará dependerá da pontuação obtida na prova.

O diretor destaca um item do conteúdo de direito penal: crime de lavagem de dinheiro. Porém, afirma que não há grandes surpresas no conteúdo programático das disciplinas. “As disciplinas de conhecimentos básicos nada mudaram do último edital para esse. Nos conhecimentos específicos tivemos a inclusão do conteúdo de penal e a saída de duas resoluções do Banco Central”, relata Estrella.  


O diretor acredita que os candidatos que já estão estudando para o concurso da Caixa Econômica Federal, com pouco esforço extra, estarão bem preparados para a seleção do Banco do Brasil. “Língua portuguesa é praticamente o mesmo conteúdo, mas foi incluída uma redação oficial. O conteúdo de matemática aumentou e ficou muito parecido com o penúltimo edital da CEF. Raciocínio lógico, que havia saído no edital da Caixa, voltou no documento do BB. No conteúdo de informática foram introduzidos alguns conceitos de educação e acesso a distância que não existiam no edital da Caixa. Em conhecimentos bancários, além do cobrado no documento da CEF, temos operação com derivativos e garantias do sistema financeiro nacional. Outra novidade é o pequeno conteúdo de direito penal”, sintetiza. 

Samantha Cerquetani

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