Presidente Jair Bolsonaro confirmou que a CEF (Caixa Econômica Federal) realizará novo concurso exclusivamente para portadores de deficiência física, para atender lei de cotas
Fernando Cezar Alves Publicado em 21/06/2019, às 11h19 - Atualizado em 15/07/2019, às 10h32
O concurso público CEF 2019 (Caixa Econômica Federal) confirmou o reforço em seu quadro de pessoal. Acontece que no último dia 12 de julho foi assinado o contrato com 800 aprovados, remanescentes do último concurso para técnico bancário. Todos os convocados são portadores de deficiência. Em 19 de junho, o presidente Jair Bolsonaro chegou a anunciar a realização de um novo concurso para o preenchimento de 2.000 vagas, exclusivamente para candidatos portadores de deficiência física. Com a nomeação de 800 remanescentes é possível que a seleção, caso efetivamente ocorra, já conte com uma menor oferta de vagas.
O anúncio foi feito durante cerimônia de assinatura de um contrato que dará R$ 2,5 milhões ao Comitê Paraolímpico Brasileiro. “ A Caixa Econômica Federal, mais do que cumprir a lei, terá a satisfação de atender, em grande parte, as pessoas com deficiência”, disse. As contratações deverão ser para preencher postos em agências de todo os país. A data de publicação do edital deve ser confirmada em breve, uma vez que a instituição oficializar o nome da respectiva banca organizadora, que ainda será escolhida.
Na ocasião, o presidente da CEF, Pedro Guimarães, ressaltou a necessidade das novas contratações. “É a primeira vez, que eu entenda, que 100% dos contratados (em concurso público) serão pessoas com deficiência. A Caixa é o único banco que não tem os 5% de funcionários exigidos pela legislação de pessoas com deficiência. O presidente Jair Bolsonaro vai mudar isso”, disse. Em maio, a Justiça do Trabalho determinou o cumprimento da lei de cotas. Na ocasião, a indicação era para a contratação de 2.500 servidores.
Em 17 de maio, o presidente da instituição havia confirmado o início da convocação de remanescentes do último concurso, realizado em 2014. A expectativa é de que sejam chamados 2.500 aprovados. Os 800 convocados portadores de deficiência já podem ser considerados dentro deste quantitativo.
O cargo de técnico bancário da CEF, um dos mais procurados do funcionalismo, exige apenas ensino médio, com remuneração de R$ 2.932,32, incluindo salário base de R$ 2.025e R$ 907,32 de benefícios - isso no concurso Caixa Econômica de 2014.
A grande procura se deve, ainda, aos benefícios oferecidos pela instituição, como possibilidade de evolução salarial ao longo da trajetória profissional, possibilidade de ascensão e desenvolvimento profissional, participação nos lucros e resultados, possibilidade de participação em plano de saúde de previdência complementar, auxílio refeição-alimentação, auxílio cesta-alimentação, possibilidade de participação em programa de elevação da escolaridade e desenvolvimento e programas de preservação da saúde, qualidade de finda e prevenção de acidentes.
No edital da Caixa Econômica de 2014, constou que a prova objetiva teve 120 itens, sendo 50 de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos. Em conhecimentos básicos foram 14 de língua portuguesa, com peso dois, e 36 sobre matemática, raciocínio lógico, atualidades, ética e legislação específica, com peso um. Conhecimentos específicos contou com peso dois. Os candidatos também foram submetidos a uma prova discursiva de conhecimentos específicos, com peso um.
Para auxiliar nos estudos, o JC Concursos liberou provas anteriores da CEF, além dos gabaritos para consulta das questões aplicadas. Avalie se a organizadora será a mesma para o novo concurso CEF.
A Caixa Econômica Federal foi criada em 1861 e é agente responsável, entre outras coisas, pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviços (FGTS), pelo Programa de Integração Social (PIS) e pelo seguro-desemprego. Trata-se de uma empresa 100% pública, que exerce papel no desenvolvimento urbano e na justiça social do país, por priorizar setores como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços. Tem como missão atuar na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do país, como instituição financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do estado brasileiro.