Uma carta encaminhada ao presidente da comissão de concursos dos Correios solicita transparência e rapidez na organização do processo seletivo
Redação Publicado em 14/07/2010, às 10h05
Na última semana, a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (ANPAC) encaminhou uma carta ao presidente da comissão de concursos e diretor de gestão de pessoas dos Correios, Pedro Magalhães Bifano, para solicitar esclarecimentos sobre o concurso que oferece 6.565 vagas em todo o país.
O edital do processo seletivo foi lançado em dezembro de 2009 e o órgão registrou 1.064.209 inscrições, mas até hoje não definiu a empresa organizadora da seleção e não marcou as datas das provas. O conteúdo do documento enviado pela ANPAC baseou-se nas inúmeras queixas dos candidatos que se inscreveram e se sentem prejudicados com a falta de informações – o que tem gerado dúvidas, desânimo e até descrédito em relação ao concurso.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) chegou a ser cogitada como organizadora do processo seletivo. No mês passado, a própria assessoria de imprensa dos Correios anunciou que estava finalizando a documentação para formalizar o contrato com a FGV – o que já foi descartado.
Segundo Ernani Pimentel, presidente da ANPAC e autor da carta encaminhada a Bifano, a falta de esclarecimentos tem afetado negativamente os inscritos. “O fato de haver um longo período de intervalo entre a publicação do edital e as provas é até positivo para que os candidatos aprofundem seus estudos e preparação, mas não nas atuais circunstâncias, porque: 1º - sem saber qual a banca organizadora, a preparação fica comprometida, uma vez que as bancas diferem entre si na abordagem e nas técnicas de aferição dos assuntos; e 2º - sem o prazo definido para as provas, grande parte dos candidatos, que precisa trabalhar e manter suas famílias, sente dificuldade para organizar seu tempo de estudo”, afirmou.
Ainda de acordo com o presidente, a ANPAC irá pressionar os responsáveis para que haja mais transparência e rapidez no processo de organização do concurso.
Flávio Fernandes/SP
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Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663, com a criação do Correio-Mor no Rio de Janeiro, então capital da Colônia. Em 1931 o decreto 20.859, de 26 de dezembro de 1931 funde a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos e cria o Departamento dos Correios e Telégrafos. A ECT foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações mediante a transformação da autarquia federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos (DCT). Nos anos que se seguiram, vários serviços foram sendo incorporados ao portfólio da empresa.
Além dos tradicionais serviços de cartas, malotes, selos e telegramas, entre os novos serviços podem ser destacados os pertencentes à família Sedex, serviço de encomendas expressas. Impulsionados pelas mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, os Correios iniciaram em 2011 um profundo processo de modernização. Com a sanção da Lei 12.490/11, a empresa teve seu campo de atuação ampliado e foi dotada de ferramentas modernas de gestão corporativa para enfrentar a concorrência. Com a nova lei, os Correios podem atuar no exterior e nos segmentos postais de serviços eletrônicos, financeiros e de logística integrada; constituir subsidiárias, adquirir controle ou participação acionária em empresas já estabelecidas e firmar parcerias comerciais que agreguem valor a sua marca e a sua rede de atendimento.
Ao todo são mais de cem produtos e serviços oferecidos pela maior empregadora do Brasil (no início de 2008 com mais de 109 mil empregados próprios, além dos terceirizados), sendo a única empresa a estar presente em todos os municípios do país, com uma vasta rede de unidades próprias e franqueadas. Diversos dos produtos e serviços da ECT podem ainda ser adquiridos pela internet.