De acordo com levantamento, divulgado no último dia 29 de abril, maiores necessidades são em áreas consideradas essenciais, como educação, saúde e segurança
Fernando Cezar Alves Publicado em 02/05/2017, às 14h36
O governo do Estado de São Paulo fechou o ano de 2016 com uma carência de nada menos do que 287.124 servidores em seu quadro de pessoal, que precisam ser preenchidos por meio de concursos públicos, de acordo com levantamento anual, divulgado no último dia 29 de abril. O total representa 1.551 vagas em aberto a mais que o levantamento anterior, anunciado em 30 de abril de 2016, quando foram registrados 285.573 cargos vagos. É importante lembrar que o levantamento é realizado com base até o dia 31 de dezembro de 2016. Desta forma, já pode contar com algumas alterações, de acordo com nomeações, afastamentos, aposentadorias e exonerações ocorridas nos primeiros meses de 2017.
Como normalmente ocorre, as áreas com maior defasagem de pessoal são, respectivamente, as de educação, saúde e segurança. No caso da educação, o Estado conta com uma necessidade de nada menos do que 148.947 servidores, sendo 118.681 somente para a própria Secretaria Estadual de Educação. O total representa um aumento de 2.054 vagas em aberto em relação ao levantamento anterior, que contava com uma carência de 146.893 servidores.
Além da própria Secretaria de Educação, outros órgãos com grande carência de pessoal são o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Sousa(Ceeteps), com necessidade de 12.125 servidores; e as Faculdades de Medicina de Marília (300) e São José do Rio Preto (606), além da Universidade de São Paulo (14.640), Universidade Estadual de Campinas (2.441) e a Fundação para o Desenvolvimento da Educação, com 257.
Na área de saúde, segunda com maior necessidade de pessoal, o governo estadual conta com uma necessidade de 66.426 servidores, quantitativo que se manteve praticamente o mesmo do levantamento anterior, divulgado em 2016, que apresentava 66.470 vagas em aberto. Desse total, 55.913 são somente para a própria Secretaria Estadual de Saúde, para carreiras como técnico de enfermagem (15.858 vagas em aberto), auxiliar de saúde (11.233) e médico I, com 8.890 cargos vagos.
Além da própria Secretaria de Saúde, a Superintendência de Controle de Endemias apresenta uma necessidade funcional de 1.162 funcionários, enquanto o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo tem uma defasagem de 1.852. Já em outros hospitais universitários, o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto precisa de 1.698 servidores, enquanto a de Botucatu apresenta defasagem de 563 e a da Marília, 3.703.
A terceira maior área com necessidade de servidores é a de segurança. A carência de pessoal é de 33.100 funcionários públicos, número ligeiramente mais elevado que o levantamento de 2016, que contava com 30.725. A própria Secretaria Estadual de Segurança Pública conta com uma defasagem de 14.133 servidores, enquanto a Polícia Militar (PM) apresenta 6.358 postos vagos. Já a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (SAP), que conta com novo concurso iminente, registra 12.418 vagas em aberto.
Por fim, nas empresas públicas, entre os órgãos com grande necessidade de contratações se destaca a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, que apresenta um total de 4.723 vagas em aberto.
Além disso, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que também conta com novo concurso público já engatilhado, apresenta uma defasagem em seu quadro de pessoal de 610 funcionários.