Acesse um tira-dúvidas, com as principais informações sobre esse novo modelo de concurso público já fornecidas pelo Ministério da Gestão, que propôs o Concurso Nacional Unificado
Mylena Lira Publicado em 01/09/2023, às 14h20 - Atualizado às 14h42
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou recentemente a promoção do Concurso Nacional Unificado, uma iniciativa que visa centralizar os processos de recrutamento e seleção de novos servidores públicos para diversos órgãos e entidades do Governo Federal.
Abaixo, o JC reúne um tira-dúvidas, com as principais informações sobre esse novo modelo de concurso público já fornecidas pelo MGI. Neste momento, o Ministério da Gestão está com uma live em andamento no Youtube, iniciada às 14h, para dar mais detalhes sobre como vai funcionar o certame.
O Concurso Nacional Unificado é uma iniciativa proposta pelo MGI para centralizar o concurso para preencher cerca de 8 mil vagas já autorizadas para 50 órgãos e entidades públicas do Governo Federal.
Seu objetivo é agilizar a contratação de servidores e reconstruir a capacidade dos órgãos após a perda de 73 mil servidores nos últimos seis anos, de acordo com o Governo Federal.
Segundo o MGI, a centralização do processo de contratação de servidores visa qualificar a seleção e garantir que o Estado tenha servidores capazes de propor, implementar, monitorar e avaliar políticas públicas eficazes. Além disso, o modelo busca ampliar e democratizar o acesso da população às vagas públicas, com provas realizadas em cerca de 180 municípios, aproximando o perfil dos aprovados ao perfil da população brasileira.
O Concurso Nacional Unificado seguirá um modelo semelhante ao ENEM, com a realização de prova única, simultaneamente, em aproximadamente 180 cidades de forma concomitante, nas regiões definidas abaixo:
Órgãos como o Inep, Ipea, Enap e AGU, em parceria com o MGI, coordenarão a estrutura de governança. A CGU e o TCU atuarão como observadores externos durante todo o processo.
A seleção dos municípios considerou a densidade populacional, o raio de influência microrregional de cidades médias e grandes e as facilidades de acesso entre elas. Foram selecionadas cidades e arranjos populacionais com mais de 100 mil habitantes (50.000 habitantes na Região Norte), excluindo aquelas muito próximas de outros arranjos mais importantes. Em caso de falta de estrutura, as provas serão aplicadas em cidades próximas.
A adesão dos órgãos ao Concurso Nacional Unificado é voluntária e deve ser realizada até 29 de setembro. O edital está previsto para ser publicado até 20 de dezembro, com a prova ocorrendo em 25 de fevereiro de 2024. Os resultados da primeira fase serão divulgados até o final de abril de 2024, e os cursos de formação iniciarão entre junho e julho do mesmo ano.
Não. Os candidatos deverão optar por um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis no momento da inscrição no Concurso Nacional Unificado. Em seguida, indicarão seu cargo/carreira por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco escolhido. Assim, os candidatos realizarão as provas específicas do bloco de sua escolha.
A previsão é de que o Concurso Nacional Unificado preencha 7.826 vagas, agrupadas por bloco temático especificados na tabela abaixo:
Como já dito, a adesão dos órgãos com vagas autorizadas é facultativa e o prazo para isso ainda não acabou. Logo, ainda não é possível afirmar quais e quantas vagas serão ofertas por meio do concurso unificado nem quais órgãos vão participar. Porém, é possível listar os órgãos federais que já foram autorizados a realizar concurso público. São eles:
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) confirmou que não irá participar da prova unificada. De acordo com o instituto, os preparativos para o novo concurso público já estão em estágio avançado, inclusive em fase de conclusão da contratação da banca organizadora. Saiba mais detalhes sobre o concurso Incra aqui.
O MME (Ministério das Minas e Energia) também está com processo avançado para a realização do seu concurso público, inclusive já conta com banca organizadora contratada, que é o Cebraspe (Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos), e por isso também ficará de fora da seleção unificada.
A expectativa é a de que o edital seja publicado na primeira quinzena de setembro, com a aplicação das provas em novembro. Por este motivo, o MME não aderiu ao exame unificado. O concurso do MME oferecerá 30 vagas para o cargo de administrador, que requer formação de nível superior. A remuneração inicial é de R$ 6.913,61, considerando o salário de R$ 6.255,61 e auxílio-alimentação de R$ 658.
As vantagens desse Concurso Nacional Unificado para os candidatos são inúmeras. Dentre elas, destacam-se:
De acordo com informações preliminares, a seleção contará com 11 editais, sendo sete para blocos temáticos e quatro para cargos com exigência de ensino médio.
Prevista, inicialmente, para o dia 25 de fevereiro de 2024, a prova será dividida em dois momentos no mesmo dia: a primeira parte consistirá em provas objetivas com matriz comum a todos os candidatos, enquanto a segunda parte abrangerá provas específicas e dissertativas organizadas por blocos temáticos.
Segundo o Governo Federal, sim. O MGI divulgou que o modelo fortalece princípios democráticos ao oferecer a descentralização das provas em quase 180 municípios, reduzindo as desigualdades sociodemográficas existentes. Respeitando a Constituição e a lei, essa inovação buscaria métodos melhores de recrutamento e seleção de servidores para o serviço público federal.
É possível assistir a live abaixo:
++++Acompanhe o andamento do certame na página do Concurso Nacional Unificado.
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