De acordo com presidente da estatal, general Juares Aparecido de Paula Cunha, a expectativa é de que os Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) possam chegar a contar com um quadro de pessoal com 86 mil servidores. Atualmente é de R$ 1
Fernando Cezar Alves Publicado em 20/03/2019, às 14h57
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios), que completa 50 anos nesta quarta-feira, 20 de março, pode ter uma redução de aproximadamente 20% do seu quadro de pessoal. A informação é do presidente da estatal, general Juares Aparecido de Paula Cunha que, em declaração para o jornal Folha de São Paulo, disse que o número ideal de servidores é de 85 mil empregados. Atualmente, o total é de 105 mil, o que equivale a uma redução de aproximadamente 20 mil pessoas, dentro de um processo de reestruturação da empresa, já em andamento.
De acordo com a publicação, as entregas de cartas, telegramas e outras mensagens, que correspondem aos setores nos quais a empresa conta com monopólio, caíram de 8,9 bilhões em 2012 para 5,7 bilhões em 2018.
Dentro do processo de reestruturação está prevista a redução da quantidade de unidades, sendo fechadas aquelas que contarem com outras próximas. Em um segundo passo, aproximadamente 6 mil servidores deverão ser deligados, dentro de um processo com quatro etapas.
Na primeira será feita a realocação dos servidores que trabalham nas agências que serão extintas. No segundo haverá a possibilidade de cessão de pessoal para outros órgãos. Quem continuar em condição indefinida poderão participar de uma nova etapa de um plano de demissão incentivada. Por fim, poderá ser considerada a extinção de cargos. “Não estamos muito preocupados com essa redução por enquanto. O mais importante agora é ver quantos elementos são necessários para a atual estrutura e colocar esses elementos no lugar certo”, disse Cunha.
Devido a planos de demissão voluntária, o quadro de pessoal, que era de 126 mil em 2013, já teve um corte de 20 mil servidores.
Embora o presidente Jair Bolsonaro já tenha cogitado em privatizar a estatal, durante a campanha eleitoral, o presidente da instituição não considera esta possibilidade que, segundo ele, seria muito difícil e prejudicaria o papel social da empresa.
Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663, com a criação do Correio-Mor no Rio de Janeiro, então capital da Colônia. Em 1931 o decreto 20.859, de 26 de dezembro de 1931 funde a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos e cria o Departamento dos Correios e Telégrafos. A ECT foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações mediante a transformação da autarquia federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos (DCT). Nos anos que se seguiram, vários serviços foram sendo incorporados ao portfólio da empresa.
Além dos tradicionais serviços de cartas, malotes, selos e telegramas, entre os novos serviços podem ser destacados os pertencentes à família Sedex, serviço de encomendas expressas. Impulsionados pelas mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, os Correios iniciaram em 2011 um profundo processo de modernização. Com a sanção da Lei 12.490/11, a empresa teve seu campo de atuação ampliado e foi dotada de ferramentas modernas de gestão corporativa para enfrentar a concorrência. Com a nova lei, os Correios podem atuar no exterior e nos segmentos postais de serviços eletrônicos, financeiros e de logística integrada; constituir subsidiárias, adquirir controle ou participação acionária em empresas já estabelecidas e firmar parcerias comerciais que agreguem valor a sua marca e a sua rede de atendimento.
Ao todo são mais de cem produtos e serviços oferecidos pela maior empregadora do Brasil (no início de 2008 com mais de 109 mil empregados próprios, além dos terceirizados), sendo a única empresa a estar presente em todos os municípios do país, com uma vasta rede de unidades próprias e franqueadas. Diversos dos produtos e serviços da ECT podem ainda ser adquiridos pela internet.