O julgamento da ação movida pelo MPT contra os Correios. que deveria acontecer no dia 4 de julho. foi adiado para 2 de outubro. Órgão informou que segue com os preparativos do novo concurso
Camila Diodato Publicado em 16/07/2014, às 11h58
Quem aguarda a abertura do concurso público dos Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT) deverá ter mais um pouco de paciência. A audiência do julgamento de uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a estatal foi adiada mais uma vez, e agora só para o dia 2 de outubro.
O MPT entrou na Justiça para que os Correios substituam todos os profissionais terceirizados pelos concursados. Apesar dessa audiência não interferir no lançamento do processo seletivo, provavelmente, esse é o grande entrave para a sua publicação.
A assessoria de imprensa dos Correios informou que a empresa segue definindo o número de vagas, as carreiras, as regiões contempladas e as regras de participação do novo processo seletivo. Assim como os últimos concursos, a ECT deverá lançar uma seleção com milhares de oportunidades e para diversos Estados brasileiros.
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Carreiras – Os Correios confirmaram, anteriormente, que o próximo concurso terá ofertas para as postos de carteiro, operador de triagem e transbordo, atendente comercial e analista. Com exceção do analista que exigirá requer nível superior, os demais empregos necessitarão de ensino médio completo.
Os vencimentos oferecidos partem de R$ 1.893,42 e chegam R$ 3.468,50, com o acréscimo dos benefícios. Além dos salários, os Correios oferecem vale-alimentação de R$ 27 por dia, cesta básica de R$ 158, plano medicamento, auxílio-creche, assistências médica e odontológica, plano de carreira e possibilidade de desenvolvimento profissional.
Os Correios tiveram sua origem no Brasil em 25 de janeiro de 1663, com a criação do Correio-Mor no Rio de Janeiro, então capital da Colônia. Em 1931 o decreto 20.859, de 26 de dezembro de 1931 funde a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos e cria o Departamento dos Correios e Telégrafos. A ECT foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações mediante a transformação da autarquia federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos (DCT). Nos anos que se seguiram, vários serviços foram sendo incorporados ao portfólio da empresa.
Além dos tradicionais serviços de cartas, malotes, selos e telegramas, entre os novos serviços podem ser destacados os pertencentes à família Sedex, serviço de encomendas expressas. Impulsionados pelas mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, os Correios iniciaram em 2011 um profundo processo de modernização. Com a sanção da Lei 12.490/11, a empresa teve seu campo de atuação ampliado e foi dotada de ferramentas modernas de gestão corporativa para enfrentar a concorrência. Com a nova lei, os Correios podem atuar no exterior e nos segmentos postais de serviços eletrônicos, financeiros e de logística integrada; constituir subsidiárias, adquirir controle ou participação acionária em empresas já estabelecidas e firmar parcerias comerciais que agreguem valor a sua marca e a sua rede de atendimento.
Ao todo são mais de cem produtos e serviços oferecidos pela maior empregadora do Brasil (no início de 2008 com mais de 109 mil empregados próprios, além dos terceirizados), sendo a única empresa a estar presente em todos os municípios do país, com uma vasta rede de unidades próprias e franqueadas. Diversos dos produtos e serviços da ECT podem ainda ser adquiridos pela internet.