Entrevista com aprovada no concurso para escriturário do BRB

"Ao longo da minha trajetória de concurseira, venho buscando fazer do estudo um hábito constante e aprendendo a não estressar nem me impor metas muito rígidas, inalcançáveis e ou urgentes"

Redação   Publicado em 19/06/2020, às 16h01

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Confira a entrevista que o Estratégia Concursos realizou com Nicholli Menezes Ribeiro de Oliveira, aprovada no concurso BRB no cargo de Escriturário:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formada em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Nicholli Menezes Ribeiro de Oliveira: Tenho 30 anos, sou de Brasília e minha área de formação é Ciências Contábeis.

EC: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos?

NM: A decisão de estudar para concursos veio naturalmente durante a faculdade, pois no setor público existem muitas oportunidades na minha área de formação, principalmente em Brasília que a cultura dos concursos públicos é muito forte.

EC: Durante sua caminhada como concurseira, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

NM: Durante toda a minha caminhada como concurseira, sempre tive que conciliar os estudos para concursos com outras atividades, como estudo para a faculdade e/ou trabalho.

EC: Em quais concursos já foi aprovada? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

NM: Já tive êxito em alguns concursos, o primeiro deles foi o Banco de Brasília – BRB, que foi meu primeiro emprego formal e tive uma experiência muito gratificante. Posteriormente, fui aprovada e assumi os cargos de Técnico Administrativo do Conselho Federal de Enfermagem (2013), Analista Técnico de Políticas Sociais (2014) e Analista de Contabilidade do IBGE (2016).

Outros concursos em que fui convocada, porém não assumi, foram para contadora da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e contadora da Fundação Universidade de Brasília (UnB). Com o intuito de retomar o estudo para concursos, que estava parado desde a aprovação no IBGE, fiz recentemente o concurso do BRB, no qual fui aprovada na 72ª colocação.

EC: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados?

NM: Foi gratificante, pois com disciplina e estratégia a retomada dos estudos apresentou resultados rapidamente, com uma aprovação inesperada.

EC: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

NM:  Em toda a minha vida de concurseira, sempre procurei equilibrar os estudos com vida social, trabalho e família. Assim, eu buscava conciliar o tempo e me programar para que outras atividades não atrapalhassem os estudos, mas não abdiquei completamente delas.

EC: Você é casada? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseira? Se sim, de que forma?

NM: Eu sou solteira, sem filhos. Para o último concurso em que fui aprovada, eu estava morando sozinha no Rio de Janeiro, então foi mais fácil me programar para os estudos. Apesar da vida social ser menos intensa neste período, ainda assim eu não deixei de sair para espairecer com minha irmã, namorado e colegas de trabalho.

Minha família sempre apoiou meus estudos, eles são bastante compreensivos, principalmente com os momentos em que preciso estar concentrada.

EC: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

NM: Acredito que vale a pena estudar para outros concursos que possam ajudar e/ou servir de preparação para o objetivo maior. Meu objetivo, ao retomar os estudos, é me preparar para os concursos das entidades supervisoras do sistema financeiro ou de finanças públicas (Bacen, CVM, PREVIC, STN). Vi no concurso do Banco de Brasília uma oportunidade de estudar algumas matérias afins da área bancária e testar meu desempenho.

EC: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?

NM: Tanto para o último concurso do BRB quanto para o concurso do IBGE, estudei apenas após a publicação do edital. Em ambos os casos isso foi possível pois houve um período razoável entre a publicação do edital e as provas (3 a 4 meses) e eu já tinha alguma iniciação ao estudo para concursos.

EC: Como conheceu o Estratégia Concursos?

NM: Conheci o Estratégia Concursos por indicação de amigos concurseiros que trabalhavam comigo.

EC: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? O que funcionou melhor para você?

NM: Em geral, o meu estudo rende mais com a leitura de PDFs. Também assisti às lives de revisão que o Estratégia disponibilizou semanas antes da prova, que foram bem produtivas e ajudaram bastante principalmente naquelas matérias mais extensas com menor peso na nota da prova.

EC: Uma das principais dificuldades de todo concursando é a quantidade de assuntos que deve ser memorizada. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

NM: Para este concurso especificamente, eu escolhi uma matéria para “mandar bem”: Conhecimentos Bancários. Essa matéria tem similaridade com outros concursos da área financeira / bancária, então decidi focar nela num primeiro momento. Eu estudava duas horas por dia e, como houve um tempo razoável entre o edital e a prova, consegui terminar essa matéria bem antes do prazo. Daí, passei a revezar a revisão dessa matéria com a leitura da teoria de outras duas matérias mais importantes para o concurso, e assim sucessivamente. Nas últimas três semanas antes do concurso tirei férias e assisti às lives para revisão do conteúdo.

EC: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

NM: Não encontrei muitas dificuldades nas matérias para o concurso do BRB nem do IBGE. Em geral, quando tenho dúvidas em um assunto, costumo resolver o máximo de questões para entender a lógica ou assistir à videoaula e ler as dúvidas no fórum.

EC: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

NM: Para mim a reta final foi mais tranquila, pois eu consegui tirar férias no período e viajei para Brasília, onde terminei minha preparação com minha mãe e meu primo – que também fizeram o concurso.

Na véspera da prova decidi desestressar: apenas revisei o conteúdo estudado uma última vez e descansei.

EC: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?

NM: Para a discursiva, segui às orientações da professora do Estratégia, que indicou alguns temas prováveis. Antes da prova, pesquisei sobre esses assuntos e treinei a elaboração do texto.

Para desenvolver bons textos, acho que é importante manter o hábito de leitura e treinar a escrita com meta de tempo, para simular como seria na prova. Quando o tema da discursiva é sobre matéria da prova objetiva, ler o enunciado de algumas questões também pode ajudar.

EC: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

 NM: Na ideia de priorizar as matérias mais relevantes, acabei deixando de lado outras em que poderia ter tido um desempenho melhor.

Acredito que o maior acerto na minha aprovação foi adotar a estratégia de revisar por grifos, pois isso me fez ganhar bastante tempo na preparação para o concurso e até contribuiu para a qualidade da minha revisão.

EC: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente? Qual foi sua principal motivação?

NM: O mais difícil, na minha experiência, é manter o foco e a disciplina. Para isso, eu adotei uma rotina durante a semana e coloquei o estudo como a primeira tarefa do dia. Deixei dias para descanso e para resolver outras coisas, procurando preservar ao máximo o momento de estudo. O tempo poderia ser curto, mas era constante.

Em alguns momentos, cheguei a pensar que a preparação não estava completa e que talvez não fosse suficiente para a aprovação. Porém, como o meu objetivo era retomar o estudo para concursos, resolvi continuar estudando para adquirir conhecimento e fortalecer o hábito de estudos, pensando também em uma preparação de longo prazo para concursos.

EC: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

NM: Ao longo da minha trajetória de concurseira, venho buscando fazer do estudo um hábito constante e aprendendo a não estressar nem me impor metas muito rígidas, inalcançáveis e/ou urgentes. Desenvolver o gosto pela leitura e apreciar o conhecimento adquirido são estratégias que me ajudaram a encarar o estudo com mais leveza. Desse modo, consegui formar uma boa base de conhecimento das matérias comuns a vários concursos.

Aconselho aos que estão começando seus estudos, a formar essa base comum para os concursos de seu interesse e aptidão. Desse modo o universo de matérias a serem estudadas fica menor ao longo do tempo, tornando cada vez mais fácil se preparar e vencer o edital de cada concurso.

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