Confira a entrevista que o Estratégia Concursos realizou com Daniel Mendonça Carvalho, aprovado em 1º lugar no concurso Polícia Rodoviária Federal para o Estado do Rio de Janeiro (provas objetiva e discursiva)
- Publicado em 18/03/2019, às 15h16
Confira a entrevista que o Estratégia Concursos realizou com Daniel Mendonça Carvalho, aprovado em 1º lugar no concurso Polícia Rodoviária Federal para o Estado do Rio de Janeiro (provas objetiva e discursiva):
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Daniel Mendonça Carvalho: tenho 26 anos e sou formado em Engenharia de Produção Automotiva. Sou natural de Volta Redonda-RJ e atualmente moro em Resende, sul do estado do Rio de Janeiro.
EC: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Porque a área Policial?
DM: Foram dois os principais motivos: o primeiro motivo foi por maior disponibilidade de tempo e qualidade de vida proporcionada pelo serviço público em relação à indústria (área em que eu trabalhava); o segundo pela excelente oferta salarial em comparação com a iniciativa privada.
A escolha pela área policial é um desejo antigo, em especial pela PRF, pois é uma profissão que não há uma rotina de trabalho. Cada dia algo diferente te espera e sempre trabalhando em favor da população, seja salvando vidas, evitando acidentes ou combatendo o tráfico.
EC: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?
DM: Antes de iniciar minha caminhada como concurseiro, eu trabalhava como Engenheiro numa empresa em minha cidade, Dessa forma, consegui realizar certas economias.
Em Junho de 2018, com o concurso da PRF na iminência de sair, decidi pedir demissão do cargo e me dedicar inteiramente aos estudos. Utilizei das minhas economias para me manter nesse período.
EC: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?
DM: Desde que iniciei meus estudos, o foco foi exclusivamente a PRF. Porém estava sempre de olho em oportunidades com edital semelhante na área policial. Foi assim que decidi realizar o concurso da Polícia Civil do Paraná, para o cargo de escrivão. A prova ocorreu em novembro de 2018 e consegui a aprovação em 4º lugar na prova objetiva concorrendo para as vagas de Curitiba.
EC: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?
DM: Não me lembro de sensação melhor na vida! Muito gratificante quando um sonho é realizado através de seu próprio esforço. Minha reação foi começar a pular, igual a um doido, e com isso acordei a casa toda. Estou escrevendo essa entrevista agora, mas ainda não tenho certeza se a ficha já caiu (risos).
EC: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
DM: Vida social? O que é isso? Brincadeiras à parte (risos), minha rotina de estudos foi bem puxada. Acordava todos os dias às 5h e dormia entre 22h e meia noite. Parava para as necessidades básicas. Geralmente tirava os finais de semana como recompensa para descansar e dar atenção a minha namorada senão, ela me largava (risos).
EC: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?
DM: Sou solteiro, não tenho filhos e namoro (amor, agora o casamento sai, rs). Meu pai é falecido, moro com a minha mãe. Graças a Deus sempre tive o apoio da minha família. Desde o momento que tomei a decisão de iniciar os estudos, minha mãe sempre fez de tudo para me deixar o mais tranquilo possível para estudar. Ela sempre acreditou que eu seria aprovado, mais do que eu mesmo acreditava. Devo tudo a ela.
EC: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
DM: Eu acredito que o foco deva ser estudar para o concurso que é o seu objetivo maior e aproveitar outros concursos que tenham o edital parecido com o do seu objetivo. A minha opinião é: se você ficar mudando o foco, pode acabar se perdendo e não ser aprovado em nenhum deles.
EC: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?
DM: Estudei durante 8 meses exclusivamente para a PRF.
EC: Chegou a estudar sem ter edital na praça? Durante esse tempo, como você fazia para manter a disciplina nos estudos?
DM: Sim! Estudei 6 meses sem edital publicado, tirando como padrão o edital do certame realizado em 2013. Para manter minha disciplina, eu montei meu próprio cronograma de estudos, seguindo-o a risca para manter o foco e finalizar minha meta diária de acordo com o planejado.
EC: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
DM: Sempre preferi estudar em casa a aulas presenciais. Nesse sentido, o Estratégia caiu como uma luva. Eu estudei exclusivamente pelos materiais do Estratégia: foi um mix de videoaulas, PDF’s e muitas questões. No início, como nunca havia estudado para concursos, assisti muitas videoaulas para ter uma primeira noção do conteúdo. Depois o foco maior foi na leitura de PDF’s e resolução de exercícios.
A vantagem da videoaula é que ela te dá um entendimento inicial da matéria, te situando melhor em relação ao conteúdo, mostrando os pontos mais importantes. Porém, a desvantagem é que consome muito tempo para minimizar isso. Eu costumava sempre assistir as aulas na velocidade 2x. Em contrapartida, o PDF tem a vantagem de ser muito mais completo. Dessa forma, passar o dia todo lendo me cansava a vista. Era por essa razão que eu gostava de intercalar com as videoaulas.
EC: Como conheceu o Estratégia Concursos?
DM: Conheci o Estratégia através de um grande amigo, que também estava estudando para PRF. Adquiri o material e não troco por nenhum outro.
EC: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?
DM: Eu mesmo montei meu plano de estudos. Estudava, em média, 5 matérias por vez. Conforme passava pelos conteúdos, fazia ciclos de revisão através de resumos e exercícios. Por conta disso, as matérias aumentavam e geravam um novo plano de estudo. Minha rotina diária era entre 12 e 15h líquidas de estudo.
EC: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?
DM: Não sei se posso chamar de dificuldade, mas eu diria que tinha um pouco de preconceito com Física, por isso acabei procrastinando um pouco o estudo dessa matéria. Para superar, foi só estudar (risos). Percebi que a dificuldade estava na minha cabeça.
Também considero Informática como uma matéria um pouco mais complicada, devido à abrangência que ela possui.
EC: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
DM: Minha rotina de estudos se manteve. Acordava às 5h e dormia entre 22h e meia noite. Tive que cortar o final de semana da namorada (risos). A véspera de prova foi de revisão.
EC: No seu concurso, tivemos, além das provas objetivas, as provas discursivas. Como foi seu estudo para esta importante parte do certame? O que você aconselha?
DM: Meu conselho é: Não faça o que eu fiz (gargalhadas). Eu acabei dando mais importância para a prova objetiva e deixei a discursiva um pouco de lado. Só peguei para estudar a discursiva faltando 15 dias para prova. Apesar de não ter tirado uma nota ruim (16.64), sei que poderia ter me saído melhor estudando mais.
EC: Como está sendo sua preparação para o TAF e para as demais etapas?
DM: Como fui aprovado na prova da Polícia Civil do Paraná, venho treinando a parte física com um pouco de antecedência. Logo, estou conseguindo executar todos os testes exigidos para o TAF da PRF. Em relação ao exame psicológico, eu não fiz nenhum tipo de preparação ainda.
EC: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
DM: Meu maior erro – Estudar discursiva somente próximo da prova.
Maiores acertos – Dedicar-me somente aos estudos; montar meu plano de estudos e metas diárias; revisões por resumos e muitas questões.
EC: O que foi mais difícil nessa caminhada rumo à aprovação? Chegou a pensar, por algum momento, em desistir? Se sim, como fez para seguir em frente?
DM: O mais difícil foi me manter sempre motivado. Em vários momentos o cansaço bateu. Tinha vontade de largar tudo e desistir, mas a vontade de vencer foi maior. Para ajudar a me motivar eu gostava de assistir vídeos da PRF, histórias de pessoas que estavam em situações mais difíceis que a minha e mesmo assim venceram. A história do Professor Herbert Almeida foi uma delas, perdi a conta de quantas vezes assisti.
EC: Qual foi sua principal motivação?
DM: A minha principal motivação foi a vontade de mudar de vida e ajudar a mudar a vida das pessoas com meu trabalho.
EC: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
DM: Não desista! Concurso público é 10% inteligência e 90% persistência. Sempre que bater o desânimo, pense nos motivos que te fizeram começar a estudar e responda mentalmente a pergunta: o que é mais forte, seus motivos para desistir ou os motivos que te fizeram iniciar?
A Polícia Rodoviária Federal está presente em todo o território nacional. Conta com uma unidade administrativa central, a sede nacional, em Brasília, e unidades administrativas regionais, com 22 superintendências nos Estados de GO, MT, MS, MG, RJ, SP, ES, PR, SC, RS, BA, PE, AL, PB, RN, CE, PI, MA, PA, SE, RO e TO, além de cinco distritos, em DF, AC, AM, AP e RR. Também é formada por 150 subunidades administrativas, denominadas delegacias, e 413 unidades operacionais (Uops), totalizando 550 pontos de atendimento. Cabe ao serviço da PRF garantir segurança com cidadania nas rodovias federais e nas áreas de interesse da União. Além disso, tem por objetivo ser reconhecida pela sociedade brasileira por sua excelência e efetividade no trabalho policial e pela indução de políticas públicas de segurança e cidadania.