O concurso da Fundação Nacional do Índio trará oportunidades para profissionais com nível superior em qualquer área de formação. Salário inicial é de R$ 6,3 mil
Fernando Cezar Alves Publicado em 19/04/2016, às 11h03
A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou, na última terça-feira, 19 de abril, por meio de publicação oficial, a banca organizadora do seu concurso público. A escolhida é a Escola de Administração Fazendária (Esaf) e a liberação do edital de abertura de inscrições deve ocorrer ainda nesta semana, uma vez que a seleção foi autorizada em 22 de outubro, pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Como a autorização determinava um período de seis meses para início do certame, o prazo vai até sexta, 22 de abril.
Ao todo serão oferecidas 220 oportunidades, sendo 208 para o cargo de indigenista especializado, sete para engenheiro e cinco para engenheiro agrônomo. A lotação dos cargos ainda está sendo definida e deve ser divulgada somente no edital.
Para concorrer a indigenista é exigido nível superior em qualquer área e,para os demais, formação específica. A remuneração inicial para os cargos é de R$ 6.346,02.
Cabe, ao indigenista especializado, atividades de promoção e defesa dos direitos assegurados pela legislação brasileira às populações indígenas, a sua proteção e melhoria de sua qualidade de vida, realização de estudos voltados à demarcação,regularização fundiária e proteção de suas terras, regulação e gestão do acesso e do uso sustentável das terras indígenas, formulação,articulação, coordenação e implementação de políticas dirigidas aos índios e suas comunidades, planejamento, organização, execução e avaliação de atividades inerentes à proteção territorial, ambiental, cultural e dos direitos indígenas, acompanhamento e fiscalização das ações desenvolvidas em terras indígenas ou que afetem direta ou indiretamente os índios e suas comunidades; estudos e pesquisas, bem como atividades administrativas e logísticas, de nível superior, inerentes às competências institucionais de seu órgão ou entidade de lotação.
No último certame da Funai, realizado em 2010, foram oferecidas 200 vagas para indigenistas nos Estados de Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Amapá, Pará, Goiás, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso do Sul, regiões Sul e Sudeste do país, Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Região Nordeste em geral, e Brasília.
A organizadora foi o Instituto Cetroe a seleção contou com prova objetiva de 60 questões e redação. Do total de questões, 15 foram de língua portuguesa, 20 de conhecimentos gerais e 25 de conhecimentos específicos.
A parte de conhecimentos gerais incluiu temas de raciocínio lógico quantitativo, noções de informática e administração pública.
A Fundação Nacional do Índio é o órgão indigenista oficial do Estado brasileiro. Criada por meio da Lei nº 5.371, de 5 de dezembro de 1967, vinculada ao Ministério da Justiça, é a coordenadora e principal executora da política indigenista do Governo Federal. Sua missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil. Cabe à Funai promover estudos de identificação e delimitação, demarcação, regularização fundiária e registro das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, além de monitorar e fiscalizar as terras indígenas. A Funai também coordena e implementa as políticas de proteção aos povos isolados e recém-contatados. É, ainda, seu papel promover políticas voltadas ao desenvolvimento sustentável das populações indígenas. Nesse campo, a Funaipromove ações de etnodesenvolvimento, conservação e a recuperação do meio ambiente nas terras indígenas, além de atuar no controle e mitigação de possíveis impactos ambientais decorrentes de interferências externas às terras indígenas. Compete também ao órgão estabelecer a articulação interinstitucional voltada à garantia do acesso diferenciado aos direitos sociais e de cidadania aos povos indígenas, por meio do monitoramento das políticas voltadas à seguridade social e educação escolar indígena, bem como promover o fomento e apoio aos processos educativos comunitários tradicionais e de participação e controle social. A atuação da Funai está orientada por diversos princípios, dentre os quais se destaca o reconhecimento da organização social, costumes, línguas, crenças e tradições dos povos indígenas, buscando o alcance da plena autonomia e autodeterminação dos povos indígenas no Brasil, contribuindo para a consolidação do Estado democrático e pluriétnico.