Urgente! Governo Federal prepara mais dez mil vagas para concursos, diz Esther Dweck

Ministra diz que pretende dobrar vagas de concursos e agilizar seleções do governo federal previstas para 2024

Fernando Cezar Alves   Publicado em 24/07/2023, às 15h40

Ministério da Gestão: ministra Esther Dweck; Edu Andrade: Ascom Ministério da Fazenda

Mais uma boa notícia para quem pretende participar de novos concursos do Governo Federal. A ministra da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou, nesta segunda-feira, 24 de julho, em entrevista para o jornal Folha de São Paulo, que pretende dobrar o quantitativo de vagas já autorizadas para concursos públicos do Governo Federal. De acordo com ela, a intenção é preencher de 8 a 10 mil vagas ainda em 2023, além das seleções já autorizadas. Somente na última semana, a minsitra anunciou a autorização para mais 2.480 vagas, em diversos concursos.

Ainda de acordo com a ministra, a intenção é antecipar para 2023 parte das seleções anteriormente previstas para ocorrerr em 2024. "Se o concurso for no ano que vem, a pessoa poderá entrar só lá em 2025, faltando apenas dois anos para o fim dessa gestão. Não está certo ainda, porque não sentei com a ministra Simone Tebet. Mas tento antecipar ao menos uma parte", disse Dweck.

Para viabilizar tantas contratações, a ministra está negociando com o Ministério do Planejamento de Tebet para antecipar parte do orçamento federal que seria de 2024.  

Dweck antecipou que as possíveis novas autorizações não devem englobar institutos federais, universidades públicas e concursos militares.

A ministra vem sendo cobrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a reposição de pessoal em diversos órgão, como o Ibama, por exemplo, que ainda não conta com nova autorização para contratação de servidores. "Ele sente a falta quando pede as coisas e dizem para ele que não conseguem fazer porque falta gente. É por isso que ele fala que os ministérios estão vazios", reforçou a ministra.

De acordo com ela, a falta de realização de novos concursos nos últimos anos concorreu com a reforma da previdência, que fez com que muitos servidores pedissem aposentadoria, para ocasionar uma grande carência de pessoal no serviço público, além de pessoas que preferiram deixar o funcionalismo para ingressar na iniciativa privada, atrás de melhores salários.

"Hoje, são 80 mil pessoas a menos do que havia em 2016. É uma perda superior a 10%. Sabemos que não vamos recompor exatamente o quantitativo que era antes. Mas não temos esse número perfeito porque não é tão fácil assim mensurar o efeito da transformação digital. A própria área de governo digital, que funciona, é muito pequena para demanda que recebe. As pessoas não estão aguentando a carga de trabalho. A gente está aumentando essa área", reforçou.

A ministra falou que está sendo feito um estudo para pulverizar a oferta de vagas nos novos concursos. "Estamos estudando como ampliar o número de cidades onde ocorrem os concursos para pulverizar o acesso. Hoje, estão muito concentrados nas capitais. Ainda estamos discutindo o PL (projeto de lei) dos concursos público. Já fizemos uma análise, mas não fechamos a nossa posição", explicou. "Nós formamos um grupo de trabalho, que discutiu com muitos especialistas de fora, e vai lançar nesta semana o manual dos concursos. Ele vai explicar o que é ser servidor público. Muitas pessoas entram no serviço público porque buscam a estabilidade ou um salário melhor. Mas a gente quer atrair pessoas que entendam que vão fazer uma carreira, ter compromisso com a população, servir o cidadão", disse.

Governo Federal: reserva de vagas por meio de cotas

Ainda nesta semana,com a publicação do manual de concursos , o Governo Federal deve considerar a inclusão de cotas sociais para as próximas seleções. "Agora, que vai ter uma nova leva grande de concursos, a gente quer que a lei de cotas seja aplicada corretamente", disse Dweck. 

De acordo com a ministra, de 2016 em diante foram realizados poucos concursos, com grande ênfase para a área da educação. Segundo ela, a grande maioria era para professores em áreas específicas, com oferta de uma vaga cada, o que invibializou a oferta de cotas. "Agora, que vai ter uma nova leva grande de concursos, a gente quer que a lei de cotas seja aplicada corretamente", esclarece.

A ministra explica que está em estudos com o senador Paulo Paim (PT RS) o envio de um projeto de lei, de iniciativa do Executivo, para tratar do tema, indepentemente do projeto de lei dos concursos públicos, já em trâmite no Congresso Nacional. "A gente está tentando uma estratégia dupla, tanto na Câmara quanto no Senado. Enviar um PL, para ter a iniciativa do Executivo, e ele talvez aproveitar para fazer um substitutivo com base na nossa proposta. Mas estamos olhando o projeto que está lá e ainda avaliando a estratégia", explicou.

 

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