Japonês da Federal "bate na porta" e pede mais agentes

No vídeo, postado na página oficial dos Agentes Federais do Brasil, o "Japonês da PF" diz: "Meu nome é Newton Ishii e eu sou a favor dos excedentes da turma de 2014"

Leandro Cesaroni   Publicado em 07/03/2016, às 14h56

Famoso por estar sempre presente nas fotos dos mandados de prisão e condução coercitiva envolvendo as ações da Operação Lava Jato, o agente da Polícia Federal Newton Ishii, mais conhecido como "Japonês da PF", aparece em um vídeo publicado no Facebook pedindo a convocação dos agentes excedentes aprovados no concurso da Polícia Federal realizado em 2014.
No vídeo, postado na página oficial dos "Agentes Federais do Brasil", o agente diz: "Meu nome é Newton Ishii e eu sou a favor dos excedentes da turma de 2014. Precisamos de vocês para juntar as forças, para combater a corrupção e tornar o Brasil mais justo, ok? Um abraço a todos e contem comigo!". Assista o vídeo abaixo da matéria.
Já em sua 24ª fase, a Operação Lava Jato da PF tem demandado um alto número de profissionais, principalmente por conta dos desdobramentos que a operação vem revelando. Esse aumento das atividades, entretanto, se acentua ao mesmo tempo em que a corporação enfrenta uma crescente necessidade de servidores.
Embora a presidente Dilma Rousseff tenha anunciado, em setembro de 2015, um pacto de contenção de gastos que limita a realização de novos concursos em 2016, a administração pública já admite a possibilidade de liberar algumas autorizações, em casos pontuais. Dentro deste contexto, um dos que devem ser priorizados é justamente o da PF – em um primeiro momento, para os cargos de delegado e perito, mesmo porque muitas das outras carreiras ainda contam com processos seletivos em validade.
De acordo com o decreto presidencial, a Polícia Federal pode iniciar novo concurso sempre que o quadro de pessoal contar com uma defasagem de pelo menos 5% dos servidores.
APOSTILAS CONCURSO POLÍCIA FEDERAL

Sobre a Operação Lava Jato

Operação Lava Jato é o nome de uma investigação realizada pela Polícia Federal do Brasil, cuja deflagração da fase ostensiva foi iniciada em 17 de março de 2014, com o cumprimento de mais de uma centena de mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão preventiva e de condução coercitiva, tendo como objetivo apurar um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar mais de R$ 10 bilhões de reais, podendo ser superior a R$ 40 bilhões, dos quais R$ 10 bilhões em propinas. É considerado pela Polícia Federal como a maior investigação de corrupção da história do país. De acordo com as delações recebidas pela força-tarefa da Lava Jato, os partidos PP, PMDB, e PT, empresários e outros políticos de diversos partidos foram beneficiados com o esquema.

Sobre PF - Polícia Federal

A Polícia Federal tem origem em 10 de maio de 1808, quando a Intendência-Geral de Polícia da Corte e do Estado do Brasil foi criada, por D. João VI. O órgão tinha as mesmas atribuições que tinha em Portugal. Com o decreto 6.378, de 28 de março de 1944, a antiga Polícia Civil do Distrito Federal, que funcionava no Rio de Janeiro, no governo de Getúlio Vargas, foi transformada em Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), subordinado ao Ministério da Justiça e Negócio Interiores. Posteriormente, em 13 de junho de 1946, com o decreto-lei 9.353, foi atribuída competência ao DFSP, em todo território nacional, para serviços de polícia marítima, área de fronteiras e apurações de diversas infrações penais.