MP investiga denúncias de suposta fraude

O concurso que visa preencher 1.449 oportunidades recebeu cerca de 128 mil inscrições.

Redação   Publicado em 16/12/2008, às 13h06

A Promotoria de Justiça de Cidadania da Capital instaurou, nesta segunda-feira (15), um inquérito civil para apuração de suposta fraude no concurso público para o cargo de Investigador de Polícia, realizado no dia 7 de dezembro.


Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, três pessoas foram detidas, por suspeita de fraudar a seleção. Entre elas um Policial Militar, um Comerciante e um Corretor de Imóveis, que foram flagrados com gabaritos falsos no dia da prova.

Os autores das denúncias também alegam que a prova apresentou grau de dificuldade incompatível com as exigências do edital, especificamente no módulo de informática.

Com a instauração do inquérito civil, o MP já solicitou à Polícia Civil documentos relativos ao concurso. A investigação está sob responsabilidade da 8ª Promotoria de Justiça da Cidadania.

De acordo com a Polícia Civil, em nota de prestação de contas divulgada em seu site, “sobre as supostas fraudes, que de forma apressada, infundada e, por isso mesmo, algumas vezes até inconseqüentemente divulgada por poucos órgãos de imprensa, bem como veiculadas nos fóruns específicos da internet, faz-se imperioso registrar que se trata de hipóteses absurdas e, que a essa conta, devem ser pronta e definitivamente rejeitadas”.

“Com efeito, todos os fatos a esse respeito conhecidos ilustram um quadro claramente peculiar, imprudente, certamente não bem intencionados, teriam adquirido, sempre de terceiros alegadamente desconhecidos, documentos que corresponderiam ao gabarito do exame de domingo”, afirma a nota.

O comunicado ainda ressalta que todos os gabaritos foram encontrados e apreendidos por fiscais do concurso, os quais exercem cargos de Policiais Civis. “E certo é, também, que não se afastaram da impessoalidade, tanto que a ação de fiscalização alcançou um Policial Civil e dois Militares. Esses documentos demonstram nitidamente o embuste cometido, pois os seus conteúdos não guardam relação de coincidência com os resultados oficiais da prova. Esse contexto fez decretar aos seus usuários não apenas a reprovação nessa fase do certame, mas o próprio desligamento do concurso”, enfatiza a nota de prestação de contas.
           
Confira nos anexos abaixo as notas divulgadas pela Polícia Civil.


Com informações do Ministério Público do Estado de São Paulo e da Polícia Civil do Estado de São Paulo

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