Gerente de recursos humanos da autarquia fala sobre as atribuições do cargo (nível médio/técnico) e os desafios da profissão
Redação Publicado em 27/05/2011, às 15h54
Autarquia abre 156 vagas com exigência de nível médio/técnico para salário inicial de R$ 1,4 mil. A oferta, atrativa para quem não teve a chance de cursar uma faculdade e alimenta o sonho de se tornar funcionário público, é da São Paulo Previdência (SPPrev). O órgão, vinculado à Secretaria da Fazenda (Sefaz), seleciona para o posto de técnico em gestão previdenciária e ainda dá tempo de concorrer, pois as inscrições vão até 15 de junho. O lançamento do processo seletivo, vale destacar, foi bastante aguardado pelos paulistas neste primeiro semestre: estava previsto para o início de fevereiro, porém, só ocorreu no fim de abril. Terminada a espera, é hora de se concentrar nos estudos para conquistar a aprovação, mas você realmente sabe o que faz um técnico na São Paulo Previdência?
Para detalhar as atribuições do cargo e esclarecer as dúvidas dos candidatos, o Jornal dos Concursos & Empregos entrevistou o gerente de recursos humanos da autarquia, Reinaldo dos Santos Lima. Acompanhe!
JC&E – No geral, o que significa ser técnico em gestão previdenciária?
Reinaldo Lima – Podemos dizer que ser técnico em gestão previdenciária na SPPrev corresponde à responsabilidade de ajudar na administração da unidade gestora única do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos e do Regime Próprio de Previdência Militar, ou seja, de uma entidade de referência e importância fundamental para todos os servidores públicos do Estado de São Paulo.
JC&E – Quais são as atribuições do cargo? Como será a rotina do técnico em gestão previdenciária?
RL – As atribuições do emprego público de técnico em gestão previdenciária estão definidas no artigo 7º da lei complementar 1.058/08 (confira no quadro desta página). De maneira geral, os técnicos terão como principal função colaborar em todas as atividades que a SPPrev realiza, desde a concessão de benefícios (pensão e aposentadoria) até atividades relacionadas às áreas meio, como finanças, recursos humanos, tecnologia da informação, logística, entre outras.
JC&E – Quais são os desafios da profissão?
RL – Os principais desafios relacionam-se com a vontade que o profissional deve ter de aprimorar o seu conhecimento, uma vez que vivemos em um ambiente de constantes alterações legais, seja nas áreas finalísticas (concessão de aposentadoria e pensão), ou nas áreas meio, pois a SPPrev, por ser um órgão público, é mais afetada diretamente pelas mudanças legais.
JC&E – O técnico em gestão previdenciária trabalha para algum profissional específico? Atua em parceria com alguém?
RL – A SPPrev possui uma estrutura hierárquica definida em lei. Dentro dessa estrutura, e ainda em acordo com as atribuições definidas, o técnico em gestão previdenciária trabalha quase sempre sob a supervisão de um analista em gestão previdenciária, nas áreas finalísticas ou nas áreas meio. Em alguns casos específicos, um diretor ou gerente pode solicitar a colaboração do técnico na composição de uma equipe de apoio.
JC&E – Como deve ser o perfil do candidato que sonha em exercer essa profissão na SPPrev? Quais características ele deve ter?
RL – A SPPrev espera dos futuros técnicos em gestão previdenciária um perfil de pró-atividade. Outra questão importante é ter sempre em mente que o beneficiário da SPPrev, seja aposentado ou pensionista, ao procurar a entidade, está passando por um momento de mudança em sua vida, logo, a atenção, a ética e o respeito devem ser aspectos imprescindíveis para este profissional.
JC&E – Há planos de ascensão para quem inicia a carreira na SPPrev como técnico em gestão previdenciária?
RL – A lei complementar 1.058/08, que instituiu o quadro funcional da SPPrev, elaborou plano de carreira tanto para o técnico quanto para o analista. Ambos possuem três classes, com três graus para cada classe. O método de passagem de um grau para outro e depois para uma nova classe será sempre por avaliação de desempenho, como já previsto em lei. Apenas a título de esclarecimento, para que um técnico possa passar para o emprego público de analista deverá prestar um novo concurso público, pois o primeiro é para candidatos com nível médio completo, enquanto o segundo é para escolaridade de nível superior completo.
JC&E – Quem atua como técnico tem direito a benefícios? Há premiações para os servidores?
RL – Todos os funcionários da SPPrev possuem o vale-refeição como benefício e também recebem, trimestralmente, uma bonificação por resultados, que depende do atingimento de metas.
JC&E – Muitas pessoas são atraídas pelo salário, verificam o nível de escolaridade exigido e têm um conhecimento restrito sobre o que é a carreira. Possuir o nível médio/técnico basta para atuar como técnico em gestão previdenciária? O que fazer para se destacar na área?
RL – Para o emprego público de técnico em gestão previdenciária basta possuir o diploma ou certificado de conclusão do ensino médio/técnico reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Para se destacar na área, o profissional precisa ter, antes de tudo, vontade de vencer. As oportunidades que surgirão a partir daí serão respostas às atitudes deste profissional no dia a dia da entidade, pois as avaliações formais deverão ocorrer sistematicamente todos os anos, além das correções de rota que acontecem no decorrer das atividades.
JC&E – Depois que o candidato é aprovado no concurso, ele frequenta algum curso/treinamento na SPPrev? Como isso funciona?
RL – A SPPrev tem uma grande preocupação com a capacitação dos seus colaboradores, até por buscar a excelência em seus serviços. Em parceria com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e a Escola Fazendária (Fazesp), a SPPrev procura investir no aperfeiçoamento de todos os seus funcionários. Ao ser admitido, dependendo da área em que o candidato for alocado, haverá capacitação in-company na Escola Fazendária ou ainda em cursos externos. Anualmente, a Escola Fazendária elabora uma matriz de capacitação, onde constam, de acordo com o planejamento estratégico das unidades, os cursos que preencherão as competências necessárias para o exercício das atividades de cada funcionário.
Flávio Fernandes
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