Intenção do certame era preencher 200 vagas de oficial de inteligência e 30 de agente de inteligência; a agência informou que preparará novo pedido de concurso, que será encaminhado ao MPOG
Renan Abbade Publicado em 04/10/2013, às 14h24
O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) negou pedido da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, para a abertura de concurso público com objetivo de preencher 200 vagas de oficial de inteligência e 30 de agente de inteligência.
No dia 18 de setembro, o MPOG restituiu à ABIN, o processo nº 03080.001028/2011-71, que trata do pedido de autorização para realização do certame. Sem explicar detalhes, o Ministério informou que o Projeto de Lei Orçamentária de 2014 não contemplou recursos para a implementação do pedido.
O processo fora aberto em 26 de julho de 2011. O pedido da ABIN contava com nota técnica que justificava a necessidade do concurso. Em 2012 e 2013, foram encaminhados ao MPOG novos ofícios, que reiteravam o pedido e atualizavam os dados da nota técnica.
A ABIN informa que preparará novo pedido de concurso, que será encaminhado ao MPOG.
O posto de agente de inteligência exige nível médio e conta com remuneração inicial de R$ 5.287,57, sendo R$ 4.914,57 de salário e R$ 373 de auxílio-alimentação. Já para concorrer a oficial, o candidato deve possuir nível superior. O salário previsto é de R$ 13.333,86, somados R$ 12.960,86 de vencimentos e R$ 373 de auxílio-alimentação. As jornadas de trabalho são de 40 horas semanais e, além da escolaridade exigida, os candidatos devem possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH), no mínimo, na categoria B (carro).
A última seleção teve edital divulgado em 2010 e foi organizada pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB). Na ocasião, foram ofertadas 80 vagas. As oportunidades eram para oficial técnico (50) nas áreas de administração (10), planejamento estratégico (1), arquitetura (1), arquivologia (1), ciências contábeis (1), jornalismo (1), publicidade e propaganda (1), estatística (4), desenvolvimento e manutenção de sistemas (7), direito (8), educação física (1), engenharia civil (1), engenharia elétrica (1), pedagogia (1), psicologia (4), serviço social (1) e suporte à rede de dados (6). Já para agente técnico (30), os postos eram nas áreas de administração (13), contabilidade (2), edificações (1), eletrônica (4) e tecnologia da informação (10).
Os concorrentes foram submetidos às etapas de provas objetivas (com 150 questões, sendo 40 de conhecimentos gerais – língua portuguesa e atualidades – e 110 de conhecimentos específicos) e discursiva (redação); investigação social e funcional; avaliação médica; e curso de formação em inteligência na Escola de Inteligência (ESINT).
Com informações da assessoria de imprensa da ABIN