Falar de raciocínio logico (RLM) em concurso público é quase sempre um motivo de desanimo ou desespero no concurseiro
Daniel Lustosa Publicado em 23/05/2019, às 10h49
Falar de raciocínio logico (RLM) em concurso público é quase sempre um motivo de desanimo ou desespero no concurseiro, pois o mesmo julga que essa matéria é uma das mais difíceis no certame, mas ouso discordar e vou além afirmando que o RLM é uma das disciplinas mais fáceis do concurso e ainda ajuda o concurseiro a aprender melhor as outras matérias que tem no edital.
Uma das maiores dificuldades que os estudantes têm na disciplina é encontrar uma lógica formal (logica cotidiana, logica do pensamento) nas questões de determinados assuntos – proposições por exemplo – o que não irão encontrar mesmo, mas o segredo é exatamente esse, nem tudo tem logica ou “sentido”, mas tudo tem regra, e essa regra é que dá o sentido que deve ser seguido e o caminho que leva a acertar as questões desses assuntos.
Alguns assuntos da RLM têm e fazem todo “sentido”, é o caso das questões ditas psicotécnicas (questões psicotécnicas são as questões que trabalham o pensamento organizado, relacionando informações e chegando a resultados que fazem “sentido”). Nas análises combinatórias também se tem o sentido das “contas” baseado na possibilidade da repetição ou ordenação dos elementos. Já as famosas proposições – assuntos dos mais cobrados nos certames que tem RLM no bojo das matérias – não tem “sentido” algum na maioria das questões, esse assunto segue estritamente regras preestabelecidas, imutáveis e que devem apenas serem executadas para o sucesso da resolução e consequentemente acerto da questão.
Um dos grandes problemas do concurseiro é exatamente seguir as regras, muito se questiona dos assuntos estudados, mas pouco se entende que se você seguir as informações estabelecidas no edital, principalmente no que tange as matérias cobradas para a prova, você em muito menos tempo passaria no tão sonhado concurso. Questionar o inquestionável não é uma opção, pois só vai atrasar sua preparação com algo que não irá mudar porque você não concorda ou questiona. Exemplos que sempre uso nas aulas – dou aula de RLM – é perguntar aos alunos a pena para homicídio simples, o qual eles respondem de 6 a 20 anos de reclusão, e eu pergunto porque, e eles respondem porque está na lei, ao que eu concluo, então é só seguir a lei, a lei é a regra e não cabe discussão se você concorda ou não com a quantidade de anos ou se é reclusão ou detenção, o que está na lei é o que precisa responder para acertar a questão. Disso eu sigo, ou volto, para o RLM e reitero que são regras, que devemos seguir para atingir o que queremos e precisamos.
Dito essas informações acima, ouso novamente repetir que RLM é sim uma das matérias mais tranquilas do concurso e por mais que você ache que ela não serve para nada no seu concurso, além de não lhe ajudar a passar, eu digo que RLM é super importante, pois lhe dar as coordenadas certas a seguir, não só no próprio RLM como também em todas as outras disciplinas. Questionar não é uma opção, seguir as regras é o caminho.
Daniel Lustosa é professor de raciocínio lógico e coordenador pedagógico do AlfaCon