Servidores completam três dias de greve

Mais de 80% dos 9,5 mil servidores do TJ (BA) permanecem em greve

Redação   Publicado em 18/06/2008, às 14h47

Os servidores do Judiciário da Bahia completam três dias de greve nesta quarta-feira. Mais de 80% dos 9,5 mil servidores paralisaram atividades desde a última segunda-feira (16). Segundo o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Bahia, Sinpojud, apenas os serviços essenciais, como a emissão de certidões de óbito e casamentos (pré-agendados), concessão de Habeas Corpus e cumprimento de liminares de saúde, estão mantidos.

A paralisação tem por objetivo pressionar os deputados estaduais para que votem o projeto de lei 17.281 que regulamenta o plano de cargos e salários da categoria. De acordo com o Sinpojud, o projeto foi negociado e aprovado pelo Tribunal de Justiça da Bahia, TJ (BA), e a presidente da casa, a desembargadora Sílvia Zarif, teria enviado ofício que solicita à Assembléia Legislativa a votação do plano de cargos, previsto para ser implementado no orçamento do TJ (BA) em julho.

Em entrevista ao site Consultor Jurídico, o diretor do Sinpojud, José Valdice, acusou o Judiciário baiano de ser dependente do executivo local. "Nós saímos de um governo de 30 anos do Antônio Carlos Magalhães onde o Executivo sempre impôs ao Judiciário quanto ele devia gastar. Hoje, o governo Jacques Wagner, ao contrário do que a gente imaginava, mantém essa política", afirmou o diretor.

Aproximadamente 60 servidores do TJ-BA permanecem acampados na Assembléia Legislativa e sinalizam que só deixarão o local quando o projeto de lei for votado. “Só saímos quando houver votação, também não voltamos trabalhar enquanto isso não acontecer”, declarou Leila Fontoura, uma das diretoras do Sinpojud, em entrevista ao jornal A Tarde.



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