Candidatos indicados por funcionários teriam sido aprovados apesar do baixo desempenho na prova oral.
Redação Publicado em 30/11/2009, às 15h38
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo (FSP) de hoje trouxe denúncia de fraude no concurso de 107 vagas de fotógrafo técnico-pericial e 22 de desenhista técnico. Candidatos ao cargo de fotógrafo e indicados por altos funcionários do Instituto de Criminalística teriam sido beneficiados no concurso. A corregedoria da Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso. Cerca de 17,7 mil candidatos se inscreveram para o cargo de fotógrafo.
O jornal registrou em cartório com oito dias de antecedência o nome de três candidatos que constariam na lista publicada do resultado final: André das Eiras Braiani, Cristiane Naomi Hiroishi e Alessandro Furtado Pecchia. Eles chegaram “altamente recomendados” à prova oral. André teria sido apresentado como sobrinho do diretor do Instituto, José Domingos das Eiras. À reportagem, o diretor declarou que André seria “um primeiro de terceiro grau”.
A reportagem da FSP teve acesso ao vídeo da prova oral dos candidatos. André não soube responder à questões como “o que é um quadrado” e “em qual região fica a Bahia”, Cristiane não teria tido desempenho ruim durante o exame, enquanto o vídeo de Alessandro não teria sido gravado por falha técnica.
Outro candidato “altamente recomendado” por um dos diretores do IC, também aprovado, Rogério Veras Vianello, teria conjugado o verbo trazer no pretérito como “vós troçais” (sic) e declarado que quem nasce em Fortaleza é cearense.
Procurada, a Secretaria de Segurança Pública decidiu suspender o concurso e instaurar um inquérito para apurar o caso, por meio da Corregedoria da Polícia Civil.
Para participar, o candidato deveria ter nível médio completo. O salário oferecido é de R$ 1.801,69.
Com informações do jornal Folha de S. Paulo
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