“Fica aqui uma lição que aprendi: o caminho é difícil, mas temos que continuar trilhando, mesmo quando já estamos frustrados. Desistir nunca deve ser uma opção!“
Publieditorial Publicado em 23/05/2019, às 10h39
Confira a entrevista que o Estratégia Concursos fez com Alexandre Koenig de Freitas, aprovado em 2° lugar no concurso da Banrisul para o cargo de Escriturário na região de Carazinho:
Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?
Alexandre: Sou formado em Direito, tenho 28 anos e moro em Passo Fundo/RS.
Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos
Alexandre: Minha vida como concurseiro teve altos e baixos. Após me formar, trabalhei como advogado criminalista e gostava muito da área, mas achei que não teria o retorno financeiro que desejava.
Também trabalhei em algumas causas cíveis, que apenas me mostraram que eu não tinha nascido para atuar nessa área.
No final de 2014, comecei a estudar para a área fiscal, enquanto a advocacia ficava em segundo plano. Depois de um ano, resolvi migrar para o INSS, visto que o edital estava próximo. Para a minha região foram apenas 4 vagas para mais de 5 mil inscritos e, mesmo fazendo uma pontuação razoável, não foi o suficiente.
Estratégia: Depois desta primeira experiência, você se desmotivou?
Alexandre: Não. Em virtude da alta concorrência, fiquei satisfeito com o resultado, mesmo sem obter a aprovação. Em seguida, voltei para a área fiscal, focando nos concursos municipais. Participei de 4 concursos para auditor municipal em 2016 e fui aprovado em todos, mas nunca dentro do número de vagas.
Depois de dois anos estudando, estava bastante desanimado e acabei deixando os estudos de lado. Em 2017, comecei a dar aulas particulares de inglês e português, e no final daquele ano fui contratado por uma escola de idiomas.
No entanto, me frustrei bastante por não enxergar possibilidade de crescimento. Sempre seria professor e sempre teria o mesmo salário. Por isso, acabei pedindo demissão e, em agosto 2018, voltei a cogitar a possibilidade de estudar para concursos (ainda mais com os rumores de que estava para sair o edital da SEFAZ do Rio Grande do Sul).
O edital saiu em setembro e consegui estudar três meses. Mas o resultado foi desastroso: o conteúdo do edital era muito extenso, de modo que não consegui vencê-lo e muito menos revisá-lo de forma apropriada.
Estratégia: E o que te motivou a fazer o concurso do Banrisul?
Alexandre: Foi justamente meu resultado no concurso da SEFAZ/RS que me levou a cogitar o Banrisul, que tinha um edital menor e com diversas disciplinas que eu já estudava.
Português sempre foi a matéria que me garanti. Matemática Financeira e Raciocínio Lógico havia estudado para a SEFAZ, enquanto Estatística estudei na época que me preparava para a Receita Federal. Tais matérias, somadas a Conhecimentos Bancários, representavam 92,5% da pontuação da prova.
Analisando o conteúdo de Conhecimentos Bancários, percebi que teria tempo de estudar toda a matéria e de revisá-la. Já em relação as disciplinas Informática, Técnicas de Venda e Atendimento, Ética e Diversidade, minha única preocupação seria não zerar para evitar a desclassificação.
Minha estratégia acabou dando certo e fui aprovado dentro do número de vagas, na segunda colocação para a cidade de Carazinho/RS.
Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso do Banrisul?
Alexandre: Tive menos de dois meses de preparação, somando aproximadamente 130 horas de estudo. Porém, é claro que não teria conseguido a aprovação se já não tivesse uma base em Português, Matemática Financeira, Raciocínio Lógico e Matemático e Estatística, como mencionei antes.
Das 130 horas que estudei, foram cerca de 58h apenas para Conhecimentos Bancários, que era uma das matérias com maior peso e com a qual nunca tive contato. O restante do tempo de estudo foi voltado para a revisão das matérias que eu já dominava e uma parcela menor para aquelas que minha preocupação era não zerar.
Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?
Alexandre: Sempre adotei uma postura mais amena. Estudava durante a semana e o fim de semana reservava para a vida social. Creio que uma postura muito radical influencia negativamente os estudos, não compensando a longo prazo.
No entanto, nas semanas que antecederam a prova, estava com foco total na preparação, estudando inclusive aos sábados e domingos.
Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?
Alexandre: Eu tento “desligar” o cérebro e focar no presente, me dedicando 110%. Véspera de prova foi dia de aulão de revisão do Estratégia.
Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos classificados
Alexandre: Fui tomado pela certeza de que todo o sacrifício valeu a pena, ainda mais depois de tantos altos e baixos. Desde de 2014, realizei 9 concursos, sendo que em vários deles “bati na trave”, obtive boas pontuações, mas nunca dentro do número de vagas. Assim, ser aprovado dentro do número de vagas, foi a realização de um sonho.
Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?
Alexandre: Acho que sim, especialmente para quem é concurseiro em tempo integral. Isso por que não é fácil lidar com a pressão psicológica em ser aprovado, tampouco com as questões financeiras.
Dessa forma, minha estratégia foi estudar para um concurso mais acessível, pois depois que fosse aprovado e já tivesse uma estabilidade maior, poderia me dedicar a concursos mais disputados, sendo possível fazer uma preparação de longo prazo sem maiores preocupações. Porém, é claro que o concurseiro deve fazer uma análise do custo x benefício.
Como disse antes, só pude estudar para o Banrisul, com o edital já publicado, por que conseguiria aproveitar uma boa parte dos meus estudos. Ou seja, creio que só vale a pena estudar para outro concurso, se você conseguir fazer esse aproveitamento.
Estratégia: E agora, quais são seus próximos planos? Volta a estudar para a Receita Federal?
Alexandre: No momento, optei por estudar para o cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária do TRF 4, tendo em vista que o concurso foi autorizado e também aproveito esta preparação para eventual concurso do TRF 3.
Resolvi deixar a Receita Federal de molho, por enquanto, visto que não há previsão para concurso (o que tende a me deixar desmotivado para estudar).
Além disso, estudando para o TRF 4 vou conseguir aproveitar muitas matérias para a área fiscal, como Português, Raciocínio Lógico, Constitucional, Administrativo, Tributário, Previdenciário e quem sabe até Civil e Penal.
Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?
Alexandre: Quando comecei a estudar para concursos fiz um curso telepresencial e uma das colegas me indicou o Estratégia. Algum tempo depois comprei cursos de matérias isoladas e gostei muito de estudar por PDF.
Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?
Alexandre: Geralmente, prefiro estudar por PDF, pois a grande vantagem é seguir a aula no seu próprio ritmo. No entanto, nas matérias de exatas opto por começar pelas videoaulas, pois meu rendimento pelo PDF é menor nessas disciplinas.
Também gostava de assistir videoaulas para revisar as matérias, pois creio que ouvir o professor ajuda na memorização do conteúdo. Outra vantagem das videoaulas em relação aos cursos telepresenciais é a possibilidade de acelerar a reprodução dos vídeos, o que representa uma economia de tempo e ainda por cima força o aluno a estar extremamente concentrado no que está ouvindo.
Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Fazia resumos?
Alexandre: Creio que cada matéria tem uma forma melhor de memorizar. Para as matérias de exatas, é preciso fazer muitos exercícios, pois não adianta decorar uma fórmula e não saber usá-la ou não saber extrair os dados do enunciado da questão. Assim, os exercícios se tornam uma forma natural de memorização.
Já nas demais disciplinas, é fundamental a leitura dos PDFs, destacando as partes mais importantes, além de revisões constantes. E claro, também é necessário resolver questões da matéria, não apenas para fixar o conteúdo, mas para saber como a banca costuma cobrá-lo na prova e para identificar pontos do conteúdo que não foram bem assimilados.
Como mencionei, também gostava de assistir as videoaulas para revisar, pois era uma forma de ter um contato diferente com a matéria e que me ajudava na fixação do conteúdo. Quanto aos resumos, evitava fazê-los, pois tomavam muito tempo.
Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?
Alexandre: Um dos meus maiores erros na preparação para a SEFAZ/RS foi a falha nas revisões. Na preparação para o Banrisul, creio que um dos meus maiores acertos foi justamente o cuidado em revisar as matérias.
Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!
Alexandre: Um dos meus maiores arrependimentos foi ter desistido de estudar depois de dois anos de dedicação. Creio que se tivesse insistido por mais alguns meses, teria alcançado a aprovação. Então, a lição que aprendi é esse: o caminho é difícil, mas temos que continuar trilhando, mesmo quando já estamos frustrados. Desistir nunca deve ser uma opção!
Veja Cursos Online para Concursos