A número 1 da Caixa Econômica Federal no Piauí

Você acredita que alguém possa ser aprovado em primeiro lugar no concurso para técnico bancário da Caixa Econômica com quatro meses de preparação? Essa é a história de Manuely Sabriny

Pâmela Lee Hamer   Publicado em 30/07/2014, às 10h59

Há uma frase de Theodore Roosevelt que resume bem a mentalidade de um vencedor e se aplica muito bem aos concursos (e mais ainda aos candidatos). O vigésimo sexto presidente dos Estados Unidos, que partilha o Monte Rushmore com Abraham Lincoln, George Washington e Thomas Jefferson, disse certa vez: “acredite que você pode, assim você já está no meio do caminho”.
Em seleções públicas, somente acreditar não é suficiente, mas este é um componente importante para se alcançar o sucesso. Um exemplo: se alguém te dissesse que conseguiu ser aprovado em primeiro lugar no concurso da Caixa Econômica Federal (CEF) de 2014, em um cargo que recebeu 1.156.737 inscrições, com menos de quatro meses de preparação, você acreditaria?
Possivelmente, não. No entanto, a história é verdadeira, e está registrada no passado e no presente de Manuely Sabriny. A piauiense de 18 anos conquistou a primeira posição de técnico bancário novo no Estado de origem.
Assimilar o conteúdo programático na mesma velocidade dos ponteiros do relógio requereu da concursanda um planejamento em que o comprometimento ditava as regras. “Estudo por metas foi o que eu fiz e aconselho todos a fazerem. Metas diárias, semanais e mensais. Por exemplo, todo dia assistia a cinco videoaulas, lia 20 páginas de uma apostila e fazia 20 questões. Ao final de cinco dias, já tinha terminado 25 videoaulas, lido 100 páginas e feito 100 questões. Ao final de três meses, já havia revisado a mesma apostila três vezes”.
Para incrementar o aprendizado, pensando na prova do Cespe/UnB, que “exige muito vocabulário”, Manuely também investiu em cursos on-line e questões. “Fiz um curso presencial durante quase dois meses e três cursos on-line até a semana do concurso, que duraram quase dois meses também. E estudava todos os dias pelo site Questões de Concursos”.
A rotina não pesou nas costas da concursada, habituada desde pequena a estudar, mas a fez reviver antigas frustrações e decidir de vez a prestar concurso público. “Cresci como uma menina prodígio na família, que aprendeu a falar palavras em inglês com dois anos. Sempre fui estudiosa, porém, na hora de fazer teste, eu ficava muito nervosa. No segundo ano do ensino médio, fiz a prova do Enem e não consegui passar para nenhum curso. No ano seguinte, para diminuir o nervosismo, fiz um outro concurso e fui muito bem (só não fui melhor por ter estudado por uma apostila desatualizada). Cheguei a dizer que seria muito mais fácil passar em um concurso. Então, seis dias após o ENEM do ano passado, me matriculei em um curso presencial para o concurso da Caixa. Era a maior oportunidade para realizar meu sonho de ser independente aos 18 anos”.
Com as matérias de legislação, conhecimentos bancários, ética, informática, atendimento, matemática financeira e código de defesa do consumidor, a familiaridade era zero. A piauiense de Teresina decidiu começar por conhecimentos bancários e atendimento pelo peso na prova e, dois meses depois, foi surpreendida pela notícia da aprovação no curso de engenharia agronômica. A estabilidade e independência ficaram em segundo plano, mas por pouco tempo. “Serviria para aproveitar matérias no curso que queria, engenharia de produção. Fiz a matrícula e durante duas semanas parei o estudo para o concurso da CEF.  Quando voltei, estudava ainda mais para recuperar as semanas perdidas. Ganhei três cursos on-line de amigos e familiares e aumentei de quatro para uma média de sete a dez horas por dia o tempo de estudo, de domingo a domingo. Para me divertir e o estudo não ficar desgastante, tirava uma tarde ou uma noite para sair durante a semana”.
O teste final foi em Bacabal (MA), cidade a 262 km de Teresina. “Terminei as 120 questões em duas horas e meia e sobraram duas horas para a redação. Não deixei em branco nenhuma questão. Minha redação não foi como o esperado, mas nem isso diminuiu minha pontuação final. Fiquei em primeiro no meu polo, e em primeiro no Estado todo. Meu esforço, todas aquelas horas estudando, foi recompensado”.
Ainda maravilhada com o feito de “menina inteligente”, Manuely quer iniciar o curso superior e assumir, com rapidez, o posto que conquistou. Nem mesmo quem diz a ela que assumir o trabalho agora, tão nova, pode ser um erro a convence do contrário. Como as palavras de Carlos Drummond de Andrade, que anulam o tempo, “há muitas razões para duvidar e uma só para crer”.
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