Para alguns especialistas, nem é imprescindível ter nível superior. Outros acreditam ser fundamental esta form
Redação Publicado em 04/07/2008, às 10h41
É comum, principalmente na fase de estudante, querer saber sobre as carreiras mais "quentes" no mercado. A maioria pensa em seguir carreira em um segmento que lhe dê certa segurança no futuro. Atuar em uma área em que se paga bem, que haja a possibilidade de obter crescimento profissional e satisfação pessoal é tudo o que pedimos.
Mas há outros pontos a serem levados em consideração, como a concorrência, a situação do mercado e o preço: quanto vai custar escolher essa ou aquela profissão.
Claro, no início, acaba pesando duas coisas: carreira que demanda pouco investimento e real possibilidade de inserção no mercado de trabalho, depois de formado.
O segmento de TI (Tecnologia da Informação), até por ser bem recente, é uma das vedetes, principalmente nessa nova geração tão informatizada. Trata-se de uma das áreas mais promissoras na atualidade.
"Hoje, tudo é TI. As empresas querem otimizar gastos, automatizar processos, integrar sistemas. Boas soluções de TI fazem com que haja um aumento da produtividade. E a tecnologia avança cada vez mais. Afinal, as empresas sempre estarão em busca de mais soluções", explica Alexandre Ullmann, gerente da área de Recrutamento e Seleção da CPM Braxis, prestadora de serviços na área de Tecnologia.
Ainda há pouca gente que conhece sobre o assunto. Isso fica ainda mais evidenciado em nosso país. Conhecimento profissional sobre o tema é coisa para poucos. E as empresas sofrem para contratar. A carência de profissionais qualificados faz muitas empresas investirem pesado em treinamento. Muitas reclamam dos jovens profissionais que saem da faculdade. Acham que estão aquém das necessidades do mercado.
"É preciso melhorar o nível de ensino. Infelizmente, faz parte da realidade do Brasil. Não temos bons candidatos. As instituições pararam no tempo. Falta saber aplicar o conhecimento teórico na prática", reclama o gerente de RH.
Jorge Moskovitz, diretor comercial da BSA Brasil, fornecedora de soluções de TI e outsourcing que atua na consultoria, implementação e desenvolvimento de produtos e soluções personalizadas para o mercado corporativo, acredita que a pouca quantidade de profissionais qualificados neste mercado está atrelada tanto à formação acadêmica deficiente quanto à falta de especialização de muitos, mas também à inexistência de uma estrutura de carreira na área de TI que incentive novos profissionais.
Formação
De acordo com o coordenador do curso de Engenharia da Computação da Universidade São Judas Tadeu (em São Paulo), Ulisses Ribeiro Silva Neto, há quatro principais cursos de nível superior indicados a quem quer ingressar na área de TI. São eles:
• Sistemas de Informação, no qual se estuda informática com bastante ênfase em Administração;
• Ciência da Computação, curso indicado a quem quer estudar a área e até, tornar-se um cientista, já que seu foco é a computação aliada à ciência;
• Engenharia da Computação, curso com duração de seis anos (os citados acima têm duração de quatro anos), indicado a quem quer se aprofundar no estudo do computador (inclusive hardware) e trabalhar na parte de controle de processos industriais;
• Cursos de Tecnologia (Tecnólogos): no caso da Universidade São Judas Tadeu, o curso é focado no estudo de Redes de Computadores e tem duração de três anos. Segundo Silva, o curso não é dirigido apenas a quem terminou uma graduação regular (com quatro anos ou mais) na área e pretende incrementar seu currículo. "Apenas com os cursos de tecnologia é possível preparar-se basicamente para o mercado profissional", assegura ele.
Quem ingressa em cursos como esses estuda, principalmente, as seguintes disciplinas: Linguagem de Programação, Sistemas Operacionais, Engenharia de Software, Banco de Dados, Inteligência Artificial, Algoritmo, Estrutura de Dados, Redes de Computadores, Computação Gráfica e Mutimídia, Sistemas Digitais, além de Organização e Arquitetura de Computadores, elenca o coordenador. Portanto, diz ele, "é muito importante gostar da área de exatas, de Matemática (um pouco mais ou menos, dependendo do curso escolhido) e de mexer em computadores". Moskovitz acredita, também, que gostar de desafios é fundamental para quem quer seguir carreira na área.
Para mais detalhes sobre o perfil do profissional de TI e suas áreas de atuação, clique aqui.
Para informações sobre o mercado e vagas disponíveis, consulte este link.
Cristiane Navarro Vaz
e Rogerio Jovaneli