54,6% das mulheres com filhos pequenos conseguem trabalhar, revela IBGE

Estudo do IBGE mostra que muitas mulheres acabam abrindo mão de suas carreiras para se dedicarem à criação dos filhos

Victoria Batalha   Publicado em 14/10/2022, às 11h18 - Atualizado às 11h19

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Conciliar carreira e filhos é um grande desafio para mulheres, que muitas vezes acabam adiando a maternidade para se estabelecer no mercado de trabalho. Segundo um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021, apenas 54,6% das mulheres com filhos pequenos conseguem trabalhar, 89,2% dos homens com
filhos pequenos trabalham.

O estudo mostra que muitas mulheres acabam abrindo mão de suas carreiras para se dedicarem à criação dos filhos, mas que muitas outras também acabam não tendo filhos para continuarem em suas vidas profissionais.

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Diferença entre homens e mulheres sem filhos

Mesmo sem filhos, a diferença entre homens e mulheres empregados ainda é grande. 67,2% das mulheres que não possuem filhos estão empregadas, mas ainda é um número menor do que os homens, que representa 83,4% empregados.

Um fator que chama a atenção é que o número de homens com filhos e que estão empregados é maior do que homens sem filhos. Isso pode acontecer porque a sociedade possui a ideia que as mulheres são as responsáveis pela criação das crianças, enquanto os homens são os responsáveis por prover. Porém, essas ideias acabam criando uma discriminação dentro do mercado de trabalho.

Tanto que é comum ouvir relatos de mulheres, que durante as entrevistas de emprego, recebem perguntas voltadas à maternidade, como: se possuem filhos, se desejam ser filhos, quem fica com as crianças, etc.

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O que as empresas podem fazer

As mudanças devem ocorrer desde o início, durante as entrevistas de emprego. Treinando os recrutadores a não produzirem perguntas preconceituosas ou machistas. Depois disso, a empresa pode oferecer ações ou benefícios, como horários mais flexíveis, creches, treinamento com os colaboradores a respeito do tema, etc.

Além disso, a licença parental de 6 meses para pais e mães também é uma alternativa, para que o cuidado com os filhos seja de ambas as partes e não apenas de um.