Artigo do professor Edison Andrades
Edison Andrades Publicado em 15/01/2016, às 13h14
Certa vez, recebi a seguinte pergunta: “o que é mais importante para se dar bem numa carreira?” A resposta ideal talvez fosse muito complexa e extensa, mas a pergunta é pertinente e nos força a refletir, com o intuito de eleger o que realmente é essencial. Um exercício nada fácil, pois todos sabemos que existe uma somatória de fatores capazes de levar alguém a ter êxito em sua carreira. Quando buscamos eleger um apenas, temos que tomar muito cuidado, pois o fator que gera bons frutos para alguns talvez não seja tão eficaz para outros. Portanto, nessas poucas linhas, vou convidá-lo a refletir sobre três pilares que sustentam nossa vida profissional, são eles: currículo, competência e relacionamento.
Quando falamos sobre currículo, não estamos nos referindo àquele “papelzinho” impresso, no qual se encontram seus dados e informações possivelmente relevantes para o cargo pretendido, e sim a sua experiência anterior, formação, ingresso em projetos sociais, habilidades, ou seja, a tudo aquilo que você realizou e que pode ter correlação com o cargo pretendido.
Já o segundo pilar, a competência, pode ser definido como, simplesmente, fazer bem algo. As empresas buscam desenvolver seus colaboradores, a fim de que esses se tornem diferenciados em suas atividades. Com isso a empresa lucra por possuir uma vantagem competitiva, ou seja, essa competitividade pode certamente se apresentar através do desempenho de seus empregados. Mas, se a empresa não investe nas pessoas, são elas que devem buscar o autodesenvolvimento, afinal sua carreira pertence, sobretudo, a você.
Chegamos ao terceiro pilar, que, por sua vez, orienta-nos para os relacionamentos, ou seja, destaca a capacidade que um profissional possui de se sociabilizar dentro da empresa. E essa habilidade tem se tornado escassa em muitas equipes, pois muitas delas acabam sendo compostas por pessoas que se juntam para denegrir a vida de outrem ou da própria empresa, ou alimentar intrigas, fofocas e rivalidades, que costumam ser o “câncer” das corporações. Em outros casos, o corpo de gestão é composto por líderes prepotentes, aniquiladores de talentos e praticantes de assédio moral ao humilharem seus subordinados. O bom relacionamento, nos dias de hoje, vem se tornando um requisito nos processos seletivos. Psicólogos e selecionadores têm aplicado testes psicológicos e dinâmicas em grupo com o intuito de obter resultados que os levem a acertar na contratação, com foco no quesito relacionamento.
Pessoas que se relacionam bem com seus pares possuem uma grande tendência de serem também eficazes na relação com os clientes. E isso, obviamente, é muito bom para os negócios. Em regra, o bom humor acompanha essas pessoas, o que traz bons frutos para todos, já que é, sem dúvida, muito bom estar ao lado de pessoas que nos divertem e que, com muita facilidade, transformam um ambiente pesado e sem alegria em um dos melhores lugares para se trabalhar.
Respondendo a pergunta que me foi feita, a qual mencionei no início do artigo, posso afirmar que o fator de maior relevância para “se dar bem” numa carreira é descobrir e praticar a arte de se relacionar com as pessoas. Mas isso só é possível para gente que gosta de gente!
Prof. Edison Andrades é escritor, palestrante e sócio da Reciclare Treinamento. www.facebook.com/professor.edison.andrades